Os cidadãos não precisam fazer penitência por causa da glória de seus antepassados

Houve cinco Impérios globais: Portugal, Espanha, Países Baixos, Inglaterra (Reino Unido) e França. A ética dominante nas relações internacionais no presente é contrária à formação de um sexto. O que contribui para que parcelas dos atuais habitantes das sedes remanescentes se arrependam e se penitenciem de terem tido impérios.

Ora, basta imaginar como seria um império dominado por quaisquer outros candidatos à formação de impérios globais no século XXI para entendermos o quanto os cinco impérios listados foram benfazejos, mais aos povos agregados ao império do que aos de suas respectivas metrópoles, registre-se.

Um sexto império estaria mais para seguir o exemplo dos impérios regionais, os de longa duração, como Turco-Otomano e Russo, e os de curta, como o Japão e o de Tamerlão. Os cinco tinham como modelo o mais extraordinário império regional da Antiguidade: Roma. Pode haver modelo melhor. Eu apenas não consigo o conceber.

Sei que não é o caso de pedir aos Estados Unidos da América, sucessor em alguma medida de quatro dos cinco impérios cristãos de matriz romana, que assuma o papel de sexto. Os tempos e as circunstâncias são outros. Mas, enfim, os impérios, os regionais e os globais, formataram o mundo e suas instituições. Se não há impérios hoje, não é a primeira vez que tal quadro se apresenta na história universal.

A forma como enxergamos o passado influencia a construção do futuro. Não há do que Portugal, Espanha, Países Baixos, Reino Unido e França se arrependerem, senão, talvez, de terem perdido seus impérios. Menos mal que, sobretudo Portugal, Espanha e Inglaterra, tenham deixado marcas importantes e benfazejas em seus antigos domínios.

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By Aurélio Schommer

Escritor, historiador e professor. Membro Titular no Conselho Curador na empresa Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). Membro no Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Produtor de conteúdo no Canal Enciclopédia de História (Youtube) - https://www.youtube.com/c/EnciclopédiadeHistória

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