Independente de qual será o novo Cockney de Londres, duas coisas são certas: não virá da Inglaterra e chegará até uma cidade próxima de você antes do que imagina; a diversidade é fraqueza, mas é imposta com força
Há 20 anos, eu era um juggler (alguém que toca vários projetos ao mesmo tempo | nota do editor). A maioria dos meus ‘trabalhos’ era em escolas. Viajei por toda a extensão da Inglaterra – testemunhando em primeira-mão as mudanças forjadas por Tony Blair e seu Novo Laboratório da ‘diversidade’. Lembro dos melhores trabalhos – invariavelmente eram em pequenas escolas de vilarejos, nas quais não excedia em 100 o número de pupilos. O ambiente familiar era tangível e havia grande prazer em estar lá. Mas lembro também dos piores. Pois eram quase sempre em academias grandes, impessoais e no centro da cidade.
Um em particular permaneceu em minha memória. Uma escola primária no Leste de Londres. A divisão cultural não podia ser mais gritante. Pois somente um ou dois de cada turma eram “britânicos brancos”. Sendo assim, ridicularizavam abertamente o diretor branco, enquanto caminhava com orgulho pelos corredores, e ignoravam os professores. Mas pouco tinha a ver com dinheiro. Ao menos com o gasto no no ambiente de aprendizagem.
Certamente, o governo não se esquivou de suas responsabilidades financeiras. A julgar pelas melhorias recentes nos prédios e pelas instalações de última geração. Mas estava cronicamente ausente o senso de identidade compartilhada. Ou seja, algo que os tijolos caindo aos pedaços e as tinta descascando nas pequenas escolas de vilarejos não eram capazes de corroer. Todavia, ali me vi em meio a culturas, línguas, religiões e origens diversas. Supostamente, tudo que diziam deveria nos enriquecer. Porém, não se engane: diversidade nunca é força; uniformidade é.
Diversidade Máxima
Vinte anos se passaram. E alcançaram a diversidade máxima. Londres abriga uma escola na qual as línguas maternas dos alunos não é o inglês. Bem vindos à Escola Primária Kobi Nazrul; nomeada em homenagem ao poeta nacional de Bangladesh. Entretanto, que curiosamente encontramos no East End de Londres. A poucos passos da Mesquita de East London (uma das maiores da Europa), capaz de acomodar confortavelmente 7.000 muçulmanos.
Qualquer pessoa familiarizada com o Conselho do Monopólio Inglês pode surpreender-se ao descobrir que, de acordo com o Censo de 2021, Whitechapel (local da escola) abriga uma população de 51,3% de origem asiática. Dos 243 alunos da escola, 92,5% são bengaleses. Portanto, que falam bengali como primeira língua. O Ofsted — Escritório de Padrões em Educação, Serviços e Habilidades para Crianças — aparentemente atribuiu à escola um relatório “excelente”, juntamente com uma classificação “boa”. Mas, ao menos, a escola não era “muito branca” — algo que o Ofsted contesta veementemente.
Impressiona a chegada do islamismo tendo como pano de fundo a Londres Cockney (uma linguagem típica do indivíduo nascido e criado no East End | Nota do Editor). As casas geminadas vitorianas ainda existem. Mas as lojas de tortas e purê de batatas e os pubs frequentados pelos gêmeos Kray não existem mais. Em seu lugar, bandeiras palestinas adornam as vitrines; “proibido jogos de bola” está escrito tanto em inglês quanto em bengali. E em vez de “gangster chic”, abayas e thobes agora lotam as calçadas.
Estatísticas
Em sua trajetória atual, este é o futuro inexorável da Inglaterra – um futuro muçulmano. É difícil contestar as estatísticas. Com uma taxa de natalidade pelo menos o dobro da população nativa, não é surpresa que “Maomé” seja o nome de bebê mais popular na Inglaterra e no País de Gales. E há algum tempo. Na prática, isso significa que a contribuição muçulmana para a Grã-Bretanha só se tornará mais perceptível. Porém, é uma pena, pois grande parte dessa “contribuição” é negativa.
Uma das características mais negativas do islamismo na Grã-Bretanha é sua espetacular intolerância à nação anfitriã, à população anfitriã e aos valores do país anfitrião:
- 66% dos muçulmanos britânicos não informariam a polícia se um amigo estivesse envolvido em terrorismo;
- 4% simpatizam com homens-bomba;
- 52% acham que a homossexualidade deveria ser ilegal;
- Apenas 1 em cada 4 acredita que o Hamas cometeu assassinato e estupro em Israel em 7 de outubro;
- Quase metade diz que os judeus têm muito poder sobre as políticas do governo do Reino Unido;
- 52% querem tornar ilegal mostrar uma imagem do profeta Maomé;
- 32% são a favor da implementação da Lei Sharia e da declaração do islamismo como religião nacional da Grã-Bretanha.
Talvez o mais preocupante seja a propensão a encontrar as opiniões extremas no grupo mais jovem pesquisado (18-34). Mas com muçulmanos nascidos na Grã-Bretanha sendo mais radicais do que aqueles nascidos no exterior.
Intolerância
É graças a essa intolerância que consideraram Londres uma zona proibida para judeus durante protestos pró-palestinos. E enquanto o governo trabalhista nega a existência de uma sociedade de dois níveis, a Grã-Bretanha é considerada a “capital ocidental” da Sharia. Graças ao número de conselhos da Sharia em operação.
Não se prevê que os muçulmanos venham a suplantar toda a população nativa num futuro próximo. No entanto, espera-se que os brancos se tornem uma minoria em sua terra natal nos próximos 40 anos. E com Kobi Nazrul situado em Tower Hamlets (a maior concentração muçulmana do país), representa um bom teste decisivo do que nossos filhos e netos podem esperar enfrentar.
Tower Hamlets é justamente famosa por ser o lar da fraude eleitoral e um feudo do inveterado prefeito malandro Lutfur Rahman. Banido durante seu primeiro mandato por fraude eleitoral e “prática de influência espiritual indevida”. No entanto, Rahman conseguiu se rebatizar como Partido Aspire em 2022 e conquistou a vitória. Quais eram as chances?
Ligações Perigosas
Há uma dissonância preocupante entre as supostas ligações de Rahman com o extremismo islâmico (o motivo de sua expulsão do Partido Trabalhista) e a linha oficial de órgãos como o Ofsted. Pois parece determinado a classificar o desempenho do distrito como “excepcional” sempre que possível. De fato, não faz muito tempo que Kobi Nazrul registrou os piores resultados do SAT, juntamente com a infiltração de extremistas islâmicos — incluindo um diretor escolar que era um membro sênior do grupo ilegal Hizb ut-Tahrir. A escola pode estar sob nova direção, mas com o atual conhecimento sobre acobertamentos governamentais em relação ao Islã… Quais são as chances de “encobrimento” das arestas pelo Ofsted, em nome da “coesão comunitária” e da diversidade?
Longe de celebrar escolas como a de Kobi Nazrul, afirmo que é a morte da Inglaterra. Pois é sabotagem e substituição cultural patrocinadas pelo Estado. Concluídas sem um único tiro disparado ou qualquer sinal de resistência. O tempo dirá se o fim dos brancos no East End será um sucesso. Mas não podemos deixar de perguntar: por que seus novos habitantes deixaram suas terras natais, se pretendem somente estabelecer os mesmos enclaves que deixaram para trás?
Seja lá o que for que substitua a Londres Cockney, duas coisas são certas: primeiro, não será mais a Inglaterra. E segundo, chegará a uma cidade perto de você mais cedo do que você imagina.
Tradução de Roberto Lacerda Barricelli do artigo “Diversity Isn’t Strength; a Shared Identity Is“. Adaptamos o título, mantendo o sentido empregado pelo autor.
