O novo partido dos conservadores da Alemanha venceu a eleição estadual na Turíngia e ficou em segundo na Saxônia, mas por margem mínima
O Alternativa para Alemanha (AfD), partido dos conservadores alemães, foi o mais votado na Turíngia. Mas também ficou em segundo, por margem mínima, na Saxônia.
É a primeira vez que o partido vence eleições estaduais na Alemanha. Todavia, houve mais surpresas, que incomodaram a imprensa de esquerda alemã e o establishment. 7⁷
Conservadores: os mais votados por Jovens
Os jovens alemães da Turíngia e da Saxônia votaram em peso nos conservadores. Pois a AfD recebeu a maioria dos votos dos eleitores entre 18 e 24 anos. Mas o ‘fenômeno’ não pára aí.

A AfD focou na plataforma de políticas familiares. Portanto, a maioria dos jovens escolheram por propostas de impacto familiar. E isso num país de índice de crescimento populacional em queda, entre as famílias locais.
Partidos de esquerda e centro investem em políticas familiares ideológicas. Focam nas ‘minorias’ e aumentam o custo de vida das famílias alemãs. Logo, impactam negativamente os jovens, principalmente os que sonham em casar e ter filhos.
Com a palavra, a AfD
Um membro do Conselho Executivo Federal da AfD, Martin Reichardt, analisou o ‘fenômeno’.
Os jovens dos 18 aos 24 anos da Turíngia e da Saxónia tomaram uma decisão para o seu futuro. A política familiar da AfD também desempenha um papel importante. Porque a família e a constituição de uma família estão no topo da lista de prioridades dos jovens eleitores.
[…] a AfD faz políticas para as famílias e, portanto, para os jovens. Só nós garantimos que as gerações futuras possam realizar o sonho de ter uma família própria.
Contudo, o ‘peso’ das crianças no orçamento familiar é outra das preocupações do partido. Na plataforma política, a AfD propõe reduzir o IVA sobre produtos infantis e fornecer “empréstimos de boas vindas” para cada novo bebê. Porém, a esquerda e o centro barraram.
Queremos que as crianças na Alemanha deixem de ser um risco de pobreza.
Crescimento Eleitoral
Na Turíngia, a AfD obteve 30,8% dos votos ao parlamento estadual. Portanto, ficou com o primeiro lugar nessas eleições. Mas o segundo lugar na Saxônia também foi uma vitória.
A diferença para a União Democrática Cristã (CDU) foi só 1,5% na Saxônia. Ou seja, um ‘empate técnico’. Será impossível à CDU governar o Estado sem compor com a AfD.
Por fim, os conservadores cresceram 7,4% na Turíngia e 1,6% na Saxônia. A esquerda fragmentou-se e caiu quase 3%. Porém, o resultado só não foi pior porque abraçaram uma ‘pauta da direita’.
Segurança e Imigração
A pauta anti-imigração impediu o pior resultado da esquerda alemã. Pois por incrível que pareça, o novo partido de esquerda, o BSW, se determina como economicamente de esquerda (socialista), mas socialmente conservador. Mas um “conservadorismo esclarecido”.
Nesse ponto, a conversão com a AfD é evidente. Todavia, a imprensa alemã tenta emplacar a narrativa de que o BSW possui uma “retórica diferente da AfD”. Apesar de usarem a mesma retórica e tratarem do tema. com a mesma percepção e propostas, a BSW é chamada de “não extremista”. Enquanto a AfD recebe o rótulo de extremista e racista.

O BSW é uma tentativa da esquerda alemã de frear o crescimento da AfD. Mas o resultado destas eleições foi um pouco abaixo da votação média da esquerda nessas regiões. Entretanto, as estimativas da imprensa esquerdista alemã eram de capturar os votos do Partido Social Democrata (PSD). No entanto, este perdeu apenas 1,2%.
Logo, a esquerda alemã perderá seu protagonismo se não se reorganizar, por causa dessa fragmentação.
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