Falaremos sobre “cinema” e filmes de “ficção científica”, de androides e filhos de viúvas, que existem em Guerra nas Estelas e Duna

Estava estudando as influências da robótica e, fora as obvias relações com o Isaac Asimov, acabei passando pelo escritor Hanns Heinz Ewers [1] e suas obras Alraune, pelo Estudante de Praga, pelo Golem e pelO Aprendiz de Feiticeiro. O que Filhos de Viúvas têm com isso?

Por exemplo, filme Metropolis foi tanto inspirado nos personagens de golens de Ewers (Alraune) quanto na sua longa amizade e correspondência com Aleister Crowley. Ewers também traduziu vários escritores franceses para o alemão, incluindo Villiers de l’Isle-Adam [2]. The Future Eve, de Villiers de l’Isle-Adam, ajudou muito a popularizar o termo ” android” (Androïde em francês). Pois o personagem é chamado de “Andréide”.

A Religião de Satanás

Na época em que Ewers escrevia suas principais histórias de terror, ele palestrava (entre 1910 e 1925) sobre o tema Die Religion des Satan (A religião de Satanás). E era inspirado no livro alemão de Stanisław Przybyszewski [3] de 1897, Die Synagoge des Satan (A sinagoga de Satanás).

O Android de Metropolis recebe o nome de Maria (imitação satânica, obviamente).

Duas curiosidades sobre a “Maria” de Metropolis:

  1. o clipe da música Rádio Ga Ga, do Queen, foi inspirado no filme Metropolis, o que pode trazer a interpretação da música para o lado mais, digamos assim, esotérico (assistam ao clipe com esta perspectiva em mente). Ah, a cantora Lady Gaga tem esse nome em homenagem à música em questão.
  2. O robo C-3PO, montado por Anakin Skywalker (repleto de energia Vrill, digo, midi-chlorians), em Guerra nas Estelas, foi inspirado em “Maria” de Metropoles.

Anaquins, na Bíblia, são uma espécie de Nefilins, de caídos. Sendo assim, Anakin Skywalker é uma espécie de “andarilho caído das estrelas”. Além disso, Anakin é fruto de uma inseminação artificial. Pois a mãe de Anakin ficou grávida através de uma manipulação de Midi-chlorians encabeçada por Darth Sidious. Paul Atreides, o Mahdi de Duna, é filho de uma concubina do clã Bene Gesserit, Jéssica Atreides.

Ah, a CIÊNCIA, a ficção científica… vamos um pouco mais fundo?

Como citou um amigo (e utilizarei nesse texto mais algumas coisas que conversamos durante bastante tempo), geralmente, a ficção científica é um modo diferente de se contar algo. De contar sobre “um mundo sem o Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Portanto, praticamente toda a literatura fantástica, no final, acaba por cair na necessidade de criar um mundo com sua própria mitologia. Logo, cai na fórmula inevitável do paganismo. Pois há Deuses maiores, menores, espíritos e criaturas elementais que dão manutenção para esse novo mundo.

No no novo trailer de Duna Prophecy há uma clara referência à Perséfone [4] (romã). Mas vamos voltar para o Ewers

O mito de Alraune, da Mandragora

Nas práticas de bruxaria, as bruxas usavam o sêmen de criminosos enforcados para se auto-fecundarem. Pois queriam ter filhos de viúvas, “sem compaixão”. Isto é, psicopatas.

Entretanto, para os amigos tomistas, essa questão é resolvida na Primeira Parte da Suma Teológica, questão 51, Artigo 3. Na resposta à Sexta Objeção. Mas continuemos.

No cinema temos algumas “coincidências”. Sendo assim, o mesmo diretor de Nosferatu, Estudante de Praga e dO Golen, dirigiu Alraune. Ah, a mesma atriz que fez Alraune, interpretou Maria, de Metropolis.

Na morte por enforcamento e/ou suicídio, o falo do morto fica ereto. No caso da Mandragora, nessas lendas a planta se origina quando o semen de um enforcado se deposita na terra. Todavia, está se referindo na prática ao homem promíscuo, ao homem depressivo ou ao criminoso.

A terra é o próprio útero feminino. Porém, o que nasce não é “uma planta que cresce e vira gente”. Portanto, não é como aparece nos filmes e livros de fantasia. Mas são pessoas “sem alma”. Ou seja, Gente Má; psicopatas do sexo masculino e feminino.

Suicídios de Famosos

Agora vamos relacionar isso a alguns casos de “suicídio” famosos como o do Kurt Cobain, Epstein, John McAfee, David Carradine, Robin Williams etc. Quando eles comentem “asfixia sexual”, tal prática gera um prazer enorme.

Contudo, notem que as práticas “esotéricas” e “místicas” de algumas seitas, sempre terminam com alguma esbórnia. Veja o Schuon, o Evola e o Guénon.

As técnicas muitas vezes se apoiam no uso de drogas, dor ou atos sexuais bizarros. Portanto, atos dionisíacos. Por quê? Por causa de uma aceleração do batimento cardíaco excessivamente alto. O que empurra o indivíduo no limiar muito próximo da sensação ou estado de morte clínica.

A Mística dos Santos

Peguem as drogas mais conhecidas e pesquisem. Voces notarão que TODAS elas, inclusive a maconha, que parece deixar a pessoa vagarosa, induzem um aumento no batimento cardíaco. Isso implica numa simulação “controlada” de uma EQM.

Uma droga que aumenta o ritmo do batimento cardíaco loucamente é a Ayahuasca, donde se extrai um dos componentes do chá conhecido como Santo Daime.

Em contraste com a mística dos Santos, que no geral, são pessoas que se mantêm num estado de contemplação, oração e paz interior. Logo, os batimentos cardíacos no geral terão de ser baixos.

Isto é, em vez de uma taquicardia que induz a um estado de EQM para acessar certos graus de realidade metafísica mais “elevados”. Ou pelo menos que não esteja sendo dificultados pelas funções voluntárias e involuntárias do corpo. Portanto, os santos “provavelmente” vão na direção contrária, a da bradicardia.

Filhos de Viúvas

As bruxas sabiam e sabem, que a recolha do sêmen de um sujeito enforcado tem alguma coisa “mágica”. Portanto, pode ser usado para ser auto-inseminado no próprio útero (isto é, inserido na Terra) para dar vida para uma criança com problemas psicológicos e espirituais.

Isso pode colaborar com esses espírito gnóstico de vingança contra as criaturas de Deus, ao dar vida a indivíduos (Filhos de Viúvas) que criarão caos social.

Entre a prática e o efeito verdadeiro pode existir um abismo. Mas em teoria, isso é o que elas acreditam.


Referências

[1] Hanns Heinz Ewers (Düsseldorf, 3 de novembro de 1871 d. C. – Berlim, 12 de junho de 1943) foi poeta, escritor, ator e filósofo. Alcançou a notoriedade por suas obras de horror.

[2] Auguste Villers de L’Isle-Adam (Saint-Brieuc, 7 de novembro de 1838 d. C. – Paris, 19 de agosto de 1889) foi escritor. Suas estórias são violentas e abusam do tema “tortura”.

[3] Stanisław Feliks Przybyszewski (Lojewo, 7 de maio de 1868 d. C. – Jaronty, 23 de novembro de 1927) foi um romancista polaco da escola naturalista.

[4] Perséfone é uma deusa da mitologia grega e romana da Antiguidade. É a deusa da agricultura, da vegetação, das estações, das flores, dos frutos, das ervas e da fertilidade. Também é conhecida como a deusa do submundo. Perséfone é filha de Deméter e Zeus. Segundo a mitologia, Hades, o deus das profundezas, rapta Perséfone e leva-a para o submundo, onde se torna sua esposa e rainha. Perséfone é obrigada a passar parte do ano com Hades e outra parte com Deméter. Era cultuada em rituais agrários, como os Mistérios de Elêusis e na Sicília, onde presidia aos funerais. Os amigos e parentes dos mortos cortavam o cabelo e jogavam-no numa fogueira em honra à deusa. Os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos.


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By André Figueiredo

Empresário, cursou Engenharia Metalúrgica na Universidade Federal do Ceará (UFC) e Direito no Centro Universitário IESB. Aluno do Seminário de Filosofia.

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