Maduro declara Maduro vencedor das eleições e inicia a Narrativa do Expurgo na Venezuela

A cada dia vejo a Venezuela mais próxima da União Soviética e Maduro mais próximo de Stalin. Dividir a população por classes e movimentá-la de acordo com o conceito “apoiador” x “opositor”. Não me parece diferente das ações de Stalin.

E seguiu uma máxima de Stálin, ao declarar-se vencedor das eleições, num processo de apuração sem transparência, envolto em denúncias de fraude e violência contra eleitores e opositores.

Não importa quem vota, mas quem conta os votos.

Stalin

Narrativa do Expurgo

Maduro apurou os votos e declarou a si vencedor, através de seu Órgão Eleitoral. Ainda alegou um ‘ataque cibernético’ ao sistema de transmissão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e chamou os opositores de “demônios”.

A narrativa está em curso! Quanto tempo até o ditador iniciar seu expurgo, acusando os líderes da oposição de agentes de forças estrangeiras, traidores e terroristas?

Fraude?

O CNE não forneceu todas as atas de votação das zonas eleitorais para conferência das testemunhas da oposição.

Houve interrupção injustificada…

Até essa interrupção, a oposição conquistava uma vitória sem precedentes.

Depois da interrupção, Maduro teria conseguido uma virada impressionante.

Nunca um ditador como Maduro saiu pacificamente do poder, tampouco respeitou a vontade popular. Não à toa exige respeito ao processo eleitoral obscuro e amplamente questionável.

O Grande Terror de Maduro?

Entre 1936 e 1939, o tirano Joseph Stalin mandou eliminar todos os “camaradas” que poderiam ascender nos quadros do Partido Comunista e fazer frente ao seu poder. Todavia, mandou assassinar quase 270 mil cidadãos, que não eram favoráveis ao comunismo (28% por fuzilamento e os demais nos Gulags).

As acusações? Traidores da Revolução e do Estado e Terroristas. Os que não foram assassinados no território soviético, foram caçados, sequestrados e eliminados no exterior. Uma ‘limpeza’ que garantiu seu poder por mais 14 anos.

Maduro já adotou a Narrativa e há indícios em seu discurso de que pretende adotar as práticas. Contra um povo desarmado, qual dificuldades encontrará?

Em breve, teremos mais exilados, mas não surpreenderá se houver prisões políticas e execuções, com a cumplicidade da grande imprensa na estigmatização de inocentes como “terroristas”.

Deus tenha misericórdia da Venezuela e seu povo.


Referência

SERVICE, Robert. Camaradas – uma história do comunismo mundial. (Trad. Milton Chaves de Almeida). Rio de Janeiro: DIFEL, 2015.


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By ROBERTO LACERDA BARRICELLI

Jornalista, com 17 anos de experiência, escritor e editor de livros e revistas, com foco em história e literatura.

One thought on “A Venezuela sob Stalin, ou O Grande Terror de Maduro”

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