Ditadores nunca saem do poder democraticamente

É a primeira vez em 10 anos que os venezuelanos têm a real oportunidade de derrotar o ditador socialista Nicolás Maduro, nas eleições. Mas o facínora aceitará a derrota?

A impressão que me invade é a de que Maduro alegará tentativa de Golpe de Estado, declarará Estado de Guerra e Lei Marcial e, por fim, eliminará fisicamente todos os seus adversários. Só não será assim se ele perder o suporte russo. Sim, depende de Putin se haverá respeito às eleições se a oposição vencer.

D’outro lado, há notícias de que o povo estaria preparado para impor o respeito à decisão nas urnas. Houve tentativa de impedir cidadãos de exercerem seu direito ao voto em Prados del Sol. E os militares foram postos a correr.

As fronteiras foram fechadas para impedir que os venezuelanos residentes em outros países voltassem para votar. O atual ‘presidente’ declarou que não aceitaria uma derrota… Que mais falta?

Houve grande participação da população na “festa da democracia” e os cidadãos estão concentrados em frente aos colégios eleitorais. Aguardando as atas de votação, para averiguar se foram respeitados. Uma enorme vigília foi convocada pela oposição e tomou toda a Venezuela.

Em toda a história, ditadores facínoras não saíram do poder pela via democrática. Os cidadãos de bem sempre precisaram arrancá-los do poder através da violência (com ou sem ajuda estrangeira).

Estará o povo venezuelano preparado? Afinal, se Maduro aceitar uma derrota, terá que sair do poder e ver a oposição se esforçar diariamente para desaparelhar a máquina.

Todavia, se usar da força, terá as hostilidades internacionais e pode afundar o país numa guerra civil, que provavelmente envolverá os principais serviços secretos de inteligência.

Uma encruzilhada para o pior ditador latino-americano. Rezemos pedindo a Deus que não haja uma escalada de violência contra os cidadãos inocentes da Venezuela.

As violações são denunciadas o tempo inteiro. De remoção das testemunhas das zonas eleitorais à interrupção de transmissão dos resultados pela ‘justiça’ eleitoral.

Resta a Fé e a esperança.


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By ROBERTO LACERDA BARRICELLI

Jornalista, com 17 anos de experiência, escritor e editor de livros e revistas, com foco em história e literatura.

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