Estuprador de crianças em série e condenado há mais de 100 anos, era apadrinhado da Alta Cúpula do PT. Um Jeffrey Epstein brasileiro

O Jeffrey Epstein brasileiro existe e é um estuprador de crianças em série, condenado há mais de 100 anos e apadrinhado de figuras da Alta Cúpula petista. Porém, o PT tenta esconder a qualquer custo, inclusive por censura e ameaças.

Mas piora! Pois ocupou cargo no Governo Federal, durante a ‘administração’ de Dilma Rousseff. Quando a ex-presidente e sua principal ministra colocaram o Lobo para cuidar dos Bezerros. 

‘Jeffrey Epstein’ brasileiro 

Para quem não conhece a história de Jeffrey Epstein, basta saber que era um pedófilo e traficante sexual de crianças e adolescentes. Ele fornecia menores de idade para relações sexuais com adultos da elite empresarial,política, artística, jornalística etc. Mas acabou suicidado…. Digo…. Cometendo suicídio na prisão. 

Contudo, não satisfeito em fornecer, também participava da exploração sexual direta. Ou seja, fazia sexo com menores. E achava que jamais seria pego, tampouco punido. Afinal, tinha ‘amigos’ poderosos. 

Talvez, também material comprometedor? Não duvide. Veja as relações públicas de Jeffrey Epstein e conclua. 

No Brasil, temos um similar. Entretanto, é mais atípico, pois ocupou cargo importante no Governo Federal. E uma alta liderança o Partido dos Trabalhadores (PT) tentou abafar, pois eram aliados. 

Quem é Eduardo Gaievski? 

Em 2013, estourou o caso de Eduardo Gaievski, um político petista apoiado pela então Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Foram 40 acusações por crimes sexuais, sendo 26 por estupro de menores. Destas, 17 (dezessete) tinham menos de 14 (quatorze) anos. 

Recrutado por Paulo Bernardo e Gleisi, então marido e esposa, filiaram-no ao PT em 2003. Porém, já no ano seguinte, ofereceram-lhe a candidatura à prefeito de Realeza (PR). Vitorioso, assumiu em 2005. 

Quando prefeito de Realeza, Gaievski utilizou a máquina estatal para garantir “favores sexuais”. Esteve à frente da administração municipal por dois mandatos e era um político local conhecido e poderoso. 

Colocou sua capacidade política na cidade paranaense e região à disposição da principal liderança do PT no Estado: Gleisi Hoffmann. No entanto, também usou do cargo para ‘favorecer’ a prostituição dessas menores, em parceria com uma mulher. Ou seja, fornecer para terceiros, além de consumir o ‘serviço’. E aquelas testemunhas que não pôde comprar, tentou calar.

Lealdade à Cúpula Petista

Manteve-se leal ao partido e aparelhou a prefeitura. Por isto, recebeu da então ministra o cargo de Assessor Especial na Secretaria da Criança e do Adolescente. 

Sim! Gleisi colocou um estuprador de crianças e adolescentes, que as prostituía para si e outros por 150 a 200 reais, para cuidar de políticas públicas para crianças e adolescentes em vulnerabilidade. “Seria cômico se não fosse trágico!”.

Quando Gaievski foi preso, ainda estava no cargo. Portanto, mesmo com as acusações, Gleisi manteve no cargo o estuprador de crianças em série. Ele foi afastado somente com a decretação da prisão. 

Convocação dos Ministros

Em 29 de agosto de 2013, o deputado federal Delegado Francischini impetrou o Requerimento de Convocação de Ministro de Estado nº 492/2013, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).

O deputado convocou a Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira. 

Todavia, aprovaram com alteração e transformado no Requerimento de Informação 3680/2013. Os dois ministérios responderam através do Ofício nº 2321/GSIPR/CH, em 19/11/2013, e o Aviso nº 836/Gab-C.Civil/PR, em 20/11/2013. 

Não consegui as cópias desses documentos antes do fechamento desta matéria. Porém, a Gazeta do Povo conseguiu uma entrevista por e-mail com Gleisi. Na época, a Ministra disse ao jornal que “houve procedimentos de checagem antes da contratação de Gaievski e que não houve qualquer indicativo sobre as investigações contra o ex-prefeito.”. E que não houve reclamações sobre “a atuação dele na Casa Civil”.

Acusações e Prisão

Prenderam Gaievski em 31 de agosto de 2013, às 7h, em Foz do Iguaçu, Paraná. Estava foragido desde a decretação da prisão preventiva, uma semana antes (23), por acusação de estupro de vulnerável

Mas seu advogado recorreu e a justiça negou sua liberdade. Por causa disso, chegou ao cúmulo de reconhecer o estupro de vulneráveis, mas tentar justificar com “eram prostitutas’ 

Portanto, o petista tentou justificar o injustificável, assumindo um ‘crime menor’. Mas há as meninas de 12 anos.,.. Todavia, a defesa alegou à época que eram muito maduras para a idade e conseguiriam se defender se não quisessem ter relações. Apesar de nem mulheres adultas conseguirem sem arma de fogo? 

Como nada funcionava, sua família e advogado partiram à ofensiva contra as testemunhas. Contudo, acabaram todos presos por coação e tentativa de fraude processual. Duas mães de vítimas estavam dispostas a mentir em troca de dinheiro, mas o esquema foi descoberto. Outras vítimas foram ameaçadas e pressionadas.

Seu filho, André Willian, seus irmãos, Edmundo e Francisco, e o secretário de Administração da prefeitura de Realeza, Francisco Borges (PT), tiveram as prisões decretadas. Mas além da compra e coação, também usaram Caixa 2 da prefeitura petista. 

Ameaças atingiram Advogado das Vítimas 

Em 03 de outubro de 2013, o Dr. Natalício Farias protocolou pedido de proteção policial para seus familiares, suas clientes e as testemunhas. O advogado recebeu ameaças por telefone e e-mail. Logo, temia pela vida e integridade dos terceiros, por causa de sua atuação em defesa das vítimas e auxílio ao Ministério Público.

No mesmo ano de 2013, o advogado recebeu homenagem na Câmara Municipal de Dois Vizinhos. Por causa de seus serviços prestados ao município e às vítimas vulneráveis, contra os poderosos, recebeu uma Moção de Aplausos.

Também requereu à justiça a prisão de quatro pessoas acusadas de envolvimento no esquema de intimidação de vítimas e testemunhas. Citei dois: Edmundo e Borges. São os demais: Rafael Seben, advogado de Eduardo Gaievski, e Maria Selói Becker, funcionária da prefeitura. 

Seben trocava mensagens via e-mail com seu cliente, na cadeia, e recebia instruções de como pressionar as vítimas e testemunhas. Enquanto Becker usava a estrutura da prefeitura para localizá-las. 

Dr. Farias candidatou-se a deputado federal em 2018, pelo PRB – atual REPUBLICANOS. Recebeu 1901 votos e não elegeu-se. 

Irmãos Gaievski

Edmundo Rafael Gaievski abriu a conta no Facebook em 2010, porém, não há publicação disponível para não amigos antes de 2017. Contudo, seu irmão Francisco Romano Gaievski mantém uma conta ativa

Exoneraram Edmundo do Cargo Efetivo de Motorista, na prefeitura de Realeza, em 03 de fevereiro de 2014. Ou seja, quase 6 (seis) meses após o pedido de prisão em flagrante e 1 (um) mês antes de sua transformação em preventiva

Aparecem 16 (dezesseis) processos em nome de Francisco, no JusBrasil. Mas só um criminal de 16 de agosto de 2014, assim como seu irmão. Este processo menciona um habeas corpus. Tanto ele como o seu irmão impetraram habeas corpus em 2013. Assim como Eduardo Gaievski, que teve habeas corpus negado por unanimidade pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em 16 de setembro de 2014. 

Os irmãos deram R$1 mil para cada uma das duas mães, Maria Janete e Maria Lourdes. Elas deveriam alterar seus depoimentos para inocentar Eduardo Gaievski. Entretanto, elas confessaram o esquema ao policial civil Valdecir Dilmar Balzan. Pois foram ‘descobertas’ num carro com André e Borges, em posse do dinheiro e a caminho do cartório, para alteração dos depoimentos.

Não consegui averiguar em qual momento dos processos ambos foram soltos, pois correm em segredo de justiça. Portanto, é errado afirmar que foram soltos por inocência, insuficiência de provas ou para responderem em liberdade. No entanto, consta na decisão de manutenção de prisão preventiva, em 2014, que apenas Borges colaborou com as investigações.

Contudo, há uma Avenida Edmundo Gaievski em Realeza. Curioso, não? Nela está instalada a Universidade Federal da Fronteira Sul. 

Acusações se Amontoaram

Após áudio vazado, no qual confessa e detalha prazerosamente um dos estupros, Gaievski responde por dezenas de acusações. Mas alguns dos casos do Jeffrey Epstein brasileiro são piores do que outros. 

Por exemplo, Gaievski fez sexo com uma menor que no dia estava trabalhando como babá. Porém, convenceu a adolescente a levar a menininha de 5 anos ao motel e fez a criança praticar sexo oral

N’outro caso, manteve relações 15 (quinze) vezes com uma criança de 13 anos, entre 2008 e 2009. Mas com a intermediação da mulher, que seria sua parceira cafetina, sob o pagamento de 150 reais por relação. 

O seu sucessor na prefeitura, o também petista Milton Andreoli, expulsou o avô de uma das vítimas e sua família de uma propriedade na qual residia há anos. Mas a vítima não mudou o depoimento e o petista informou à justiça que não seria mais testemunha de defesa de Gaievski. 

Também há as acusações de ex-estagiárias. Elas acusaram Gaievski de as demitir por se recusarem a fazer sexo com ele. Mas quantas cederam? Afinal, emprego na prefeitura pode soar como “sonho” para muitas meninas humildes, advindas de ambientes inóspitos e vulneráveis. 

Condenações do Jeffrey Epstein brasileiro 

Em 2021, a justiça condenou Gaievski no nono caso, a 11 (onze) anos. Porém, suas penas somadas chegavam a 112 anos. Todos os casos ocorreram entre 2005 e 2012, quando o Jeffrey Epstein brasileiro era prefeito de Realeza. 

Todavia, sua esposa insistia na narrativa de abandono pelo PT e conspiração do PSDB. Apesar das robustas provas, que levaram nos anos vindouros às condenações. 

Se condenado em todos os casos, suas penas podem chegar a 250 e 300 anos de prisão. A primeira condensado foi expedida em 15 de setembro de 2014. Gaievski pegou 18 (dezoito) anos e um mês de prisão. Contudo, seguiram-se mais 8 (oito) condenações até 2021. 

Ao pesquisar por Eduardo Gaievski no portal JusBrasil, encontrei 83 resultados. Todavia, são por crimes de difamação, calúnia, coação de testemunhas, injúria, corrupção ativa de testemunhas, corrupção, improbidade administrativa e crime eleitoral. 

Tentativa de Censura

Mas dois resultados se destacam! Os processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pois foram movidos contra políticos e influenciadores de direita, que divulgaram o Caso Gaievski, e acusaram o petista André Janones e o PT de tentarem encobrir. 

Logo, o partido e o político processaram os adversários, por suposta desinformação. Entretanto, o caso do Jeffrey Epstein brasileiro reverbera em perseguição e tentativa de censura desde o começo. 

O jornalista Ucho Haddad, da Ucho.info, acusou Gleisi Hoffmann de perseguição e censura. Em 2014 a petista concorreu ao governo do Paraná. Só um ano após o escândalo do companheiro Gaievski. 

Em nota na época, Gleisi declarou lamentar as acusações contra Gaievski e a apuração das denúncias. Porém, sua prática destoa do discurso. Também afirmou não ter conhecimento das acusações quando o nomeou. Todavia, não é estranho que a nomeação do estuprador de crianças em série seja exatamente para uma posição de poder em relação às políticas para esse público em vulnerabilidade? 

Mas alguém se surpreende quando a esquerda tenta resolver um problema perseguindo e censurando quem o expõe? Pior é a própria esquerda, que insiste numa tática que fortalece os adversários. 

Fanatismo Petista

No ápice do caso, petistas de Realeza protestaram em frente ao Fórum da cidade. Ou seja, apesar da gravidade dos crimes e das provas, apenas corroboradas por testemunhas e vítimas…. Defenderam o pedófilo e estuprador de crianças em série, o Jeffrey Epstein brasileiro, e alegaram “perseguição”. 

A mesma alegação da esposa e de amigos próximos. No entanto, por ética profissional, não exporei nesta matéria. Porém, o leitor encontrará se pesquisar no Facebook pelo nome de Eduardo Gaievski. 

Gleisi não reclamou de suposta perseguição, mas lamentou o “uso político do caso”. Colocou um pedófilo para cuidar de políticas para crianças e adolescentes, mas queria sair politicamente ilesa? Entretanto, não lamentou que o PT mantivesse Gaievski e outro pedófilo, Almir Moletta, filiados ao partido, em 01 de outubro de 2014. 

habeas corpus impetrado em favor de Moletta, e julgado em 16 de agosto de 2009. Ou seja, flagraram o pedófilo há mais de 15 anos. Contudo, em 2020, Moletta aparece normalmente em Ata da Convenção Partidária do PT e Irati, PR. A tolerância de Gleisi e do PT com pedófilos é bem elástica. 


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By ROBERTO LACERDA BARRICELLI

Jornalista, com 17 anos de experiência, escritor e editor de livros e revistas, com foco em história e literatura.

2 thoughts on “O ‘Jeffrey Epstein’ brasileiro é Petista”
  1. Esta história me reporta para uma denuncia que 1 cidadão de MS, vem fazendo há anos, em desfavor da mais alta cúpula de todas as instituições do BR, o assunto é praticamente mesmo.Interessante.

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