O Fim de Uma Geração

O mundo legado pela geração de nossos pais chega ao fim, “não com um estrondo, mas com um gemido”

O mundo dos anos 80/90, que nossos pais nos apresentaram, está se esfacelando diante dos nossos olhos como orvalho na manhã. Escoa entre nossos dedos como um punhadinho de água que falhamos miseravelmente em tentar conter e chamar de nosso. É o fim de uma geração.

A troca completa desse geração será concluída nos próximos quinze ou vinte anos com sorte. Mas já sentimos a angústia cinzenta da transição no prisma geracional. Principalmente aqueles que se negam a se curvar a essa espécie sectária de seita experimental futurista de mundo melhor.

Um mundo ilusório que prometem em toda parte aos mais jovens.

O Mundo dos Nossos Pais

O mundo dos nossos pais não era perfeito. Logo, tinha seus problemas práticos, seus vícios e contradições, seus mitos bobos, seus preconceitos perigosos, suas ignorâncias e limitações muito claras hoje para nós.

Mas o Éden prometido por ideólogos, que apontam para estes erros com toda pose de superioridade, arrebenta também com estruturas que desejamos preservar. Pois constrói em seu lugar, novos e mais diabólicos problemas.

A Geração Vindoura

Porém, isso é problema para a próxima geração resolver. A minha só está entregando um mundo pior em algum aspecto do que recebeu. Por causa de entregar, cada dia, mais facilidades, riqueza material e comodidades, mas que sequer um tirano do passado poderia vislumbrar ter.

Contudo, há todos os espaços e meios para os tiranos do nosso tempo se consolidarem e se perpetuarem no poder, como nunca imaginou-se ser possível.

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