O anúncio de Donald Trump pode alterar os rumos da América Latina, em especial das próximas eleições no maior player da região, o Brasil
Existem dois problemas que assombram qualquer um que preveja o futuro. O primeiro é o erro, uma possibilidade real, e outro, até mais grave, é a possibilidade de estar certo e passar por louco. Ou seja, quando a pessoa se mostra certa, ainda dizem “teve sorte”. Trump anunciou que os EUA estão em guerra contra carteis. E, ao mesmo tempo, chamou 800 generais para uma reunião. Acontece que, para muitos, trata-se disso. Para outros, é evidente que há algo mais. Claro que não tratou-se só do peso dos generais na discussão na reunião.
Manipulação Psicológica da Imprensa
Inclusive, é uma ótima distração: fazer a imprensa falar do assunto enquanto se tem algo mais importante para discutir. Isso, inclusive, pode evitar perguntas. Afinal, os jornalistas não andam reconhecidos como as pessoas mais inteligentes do planeta.
E isto está vindo de um jornalista formado que está procurando descrever os raciocínios e planos de Trump. É possível errar, mas ainda vale a aposta. Mas, por falar em aposta, este é o cenário do polymarket:
Por que a Guerra?
Aqueles que já leram Crossing the Rubicon, de Michael C. Ruppert, conhecem o quanto o petróleo e grandes empresas podem influenciar os mais diversos cenários políticos. Basta ler o começo do livro para entender como pequenas porcentagens podem gerar grandes valores.
E a Venezuela está repleta de Petróleo. Porém, não basta tê-la cheia de Petróleo para ter valor. Ademais não estranharia ter gente dizendo que “retiraram o país do mercado internacional” para manter elevado os preços dos barris.
Agora, a questão seria: qual o interesse em trazer a Venezuela de volta? Direitos Humanos? Ou ter uma alternativa à Rússia. Todavia, o bizarro é que ninguém parece argumentar “as duas coisas”. Pessoas gananciosas consideram o aspecto econômico de uma guerra. Mas pessoas boas consideram o aspecto moral. Enquato as pessoas inteligentes consideram os dois.
E há mais fatores. Contudo, estranharia discutir se os EUA tem poderio militar para enfrentar a Venezuela. Pois os americanos possuem, praticamente, tantos porta-aviões quanto o resto do mundo somado.
O que é uma Guerra?
Quem já leu a obra de Cristina Martín Jiménez, A Terceira Guerra Mundial já começou, consegue compreender o argumento. Não se trata de concordar com o argumento, de compreender que uma guerra é muito mais que tiro, porrada e bomba. Ou, dito de outra forma, uma guerra é mais que tanques, infantaria, armas nucleares e drones.
O elemento psicológico é fundamental. Como bem o demonstra Diana West em Traição Americana. Além disso, para os que gostam de armas nucleares, elas não são tão úteis em guerras porque o abuso delas impede a conquista de território. Pois a radiação deixada pode servir como uma barreira para impedir o avanço de tropas.
Isso sem falar no efeito negativo de fazer o país que a lançou ser considerado o vilão e o resto do mundo cessar qualquer apoio. Por exempo, a Guerra do Vietnã é um caso claro de derrota midiática antes que no campo de batalha.
Assim, quanto ao título, é só preciso entender que há movimentações acontecendo e estão interconectadas. O que sugere que a eleição brasileira também será influenciada pelo resultado de eventos que, por hora, ainda desconhecemos.