HUNGRIA | Um Antifa Alemão Violento Alega ser Vítima ‘Não-Binária’

Políticos e a mídia transformam um declarado criminoso Antifa em vítima ‘não-binária’, ignorando a brutalidade de suas ações

O nome de Simeon T., cidadão alemão de 24 anos, tornou-se símbolo de’uma nova batalha política e midiática na Europa. Pois seu caso coloca dois países com visões muito diferentes de direito e justiça — Alemanha e Hungria — um contra o outro. Mas ao mesmo tempo, reabre um debate sobre a tolerância à violência da extrema-esquerda e o tratamento preferencial dado a certos ativistas (Antifa | nota do editor) sob a égide das novas identidades de gênero.

Antifa

T. atualmente é julgado na Hungria por sua declarada participação numa série de agressões em Budapeste, em fevereiro de 2023. De acordo com investigações do Ministério Público húngaro — confirmadas pelo Ministério Público Federal alemão. Sendo assim, ele e outros membros de um grupo clandestino conhecido como Hammerbande (Gangue do Martelo) viajaram da Alemanha para a capital da Hungria com o propósito expresso de agredir fisicamente indivíduos que consideravam “neonazistas”. Sim, você leu corretamente.

Segundo as autoridades, tratou-se de uma ação radical “antifascista“. Mas também envolveu vigilância prévia dos alvos, ataques coordenados com barras de ferro e golpes de emboscada. Aliás, alguns desferidos enquanto as vítimas jaziam inconscientes no chão. Nove pessoas ficaram feridas, várias delas gravemente.

O caso chocou a Hungria. Porém, não é a primeira vez que extremistas alemães viajam ao exterior para cometer atos de violência, Mas, foi uma das ocasiões mais bem documentadas e brutais. As autoridades húngaras solicitaram a extradição de Simeon T., que a Alemanha concedeu pouco antes de o Tribunal Constitucional Alemão decidir contra tal extradição. Setores de esquerda usaram essa decisão posterior para alegar que o sistema de justiça húngaro carece de garantias legais.

Transformação Pós-Prisão

Desde sua prisão, o caso tomou um rumo inesperado: Simeon T. agora se identifica publicamente como pessoa “não binária” e usa o nome “Maja”. Ao mesmo tempo, ele iniciou uma greve de fome de várias semanas, que levou à sua transferência para um hospital prisional. Logo, a partir daquele momento, os círculos de esquerda alemães — incluindo o Partido Verde e membros do Die Linke (a Esquerda) — lançaram vigorosa campanha e exigem sua libertação.

A vice-presidente do Bundestag, Katrin Göring-Eckardt (Verdes), viajou pessoalmente a Budapeste, expressou seu apoio e acusou publicamente o governo Orbán de “agir fora do Estado de Direito”. Também enviaram uma carta oficial ao Ministério da Justiça alemão, pedindo pressão diplomática para seu repatriamento “rápido e seguro”.

Todavia, esses atores nunca condenaram os eventos originais, tampouco forneceram o contexto adequado. Mas argumentam que o problema é Orbán e uma lei que visa indivíduos violentos, não a violência em si. Ou seja, consideram essa violência aceitável porque vem da esquerda.

Campanha da Esquerda

Expressões como “tortura psicológica”, “confinamento solitário” e “abuso prisional” são repetidas em veículos de comunicação favoráveis ​​à causa. Ao mesmo tempo, revistas como a Der Spiegel publicaram entrevistas solidárias nas quais T. reclama de ter “pouca luz solar” em sua cela. Sob slogans como “Libertem Maja” e “Hungria tortura”, vários ativistas pedem sua libertação imediata.

No entanto, o contexto jurídico do caso é muito mais complexo. Pois em março de 2024, o Procurador-Geral da Alemanha descreveu Simeon T. como “membro de uma organização criminosa extremista”. Inclusive envolvida em agressões à mão armada, tráfico de drogas e roubos violentos, desde ao menos 2017. Segundo o Ministério Público, T. participava d’uma estrutura organizada, que utilizava a violência como instrumento político. Portanto, não se trata simplesmente d’um caso de perseguição política, como alguns sugerem. Mas, sim, d’um julgamento criminal sustentado por amplas provas. Isso inclui imagens dos ataques e diversos depoimentos.

Portanto, retomarão o julgamento em Budapeste, em setembro. Segundo observadores internacionais, até agora tudo transcorreu em total conformidade com os princípios do devido processo legal. Sendo assim, o promotor húngaro busca uma pena de até 24 anos de prisão por tentativa de homicídio e participação em organização criminosa.

Tradução de Roberto Lacerda Barricelli de “Violent German ‘Antifa’ Now Presents as ‘Non-Binary’ Victim in Hungary“, publicado originalmente no The European Conservative



PARA VOCÊ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by MonsterInsights