Grupo terrorista anunciou ataques contra alvos civis em resposta às operações militares israelenses
O grupo terrorista Hezbollah anunciou há pouco a realização de ataques contra civis no norte de Israel. A opção foi pelo lançamento de dezenas de mísseis “Katyusha”.
Não há alvos militares, apesar da ‘justificativa’ para o ataque ser a operação militar israelense no Líbano. O sistema de defesa israelense anti-bombardeios (Domo de Ferro) abateu 50 mísseis do Hezbollah.
Katyusha e o Apoio Russo
Esse sistema foi inventado pelo Exército Vermelho, da União Soviética, e utilizado na Segunda Guerra Mundial. Consiste em um caminhão militar equipado com um lança-foguetes. Geralmente, são mísseis de curto alcance, formados por uma base com propulsor e uma ogiva.
Também foram usados na guerra da Coreia, guerra do Vietnã e guerra do Afeganistão. O Hezbollah começou a usar na Segunda Guerra do Líbano. É conhecido o fato de que o grupo terrorista teve aporte e apoio da União Soviética, já a partir de sua fundação, em 1982.
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Esse apoio não acabou com a queda da ditadura comunista e o desmembramento da URSS. A Rússia, através de parceiros como Irã e Síria, continua a apoiar grupos terroristas no Oriente Médio.
Um cordão numa zona de influência que compreenda os artigos satélites soviéticos, as ‘pontas de lança’ no Oriente Médio e a Ásia Central, é estratégico para a sobrevivência geopolítica – e até territorial – da Rússia.
Ataque do Hezbollah
O Hezbollah não teve alvos militares nesse ataque, mas o assentamento de Beit Hillel, ao norte de Israel. Segundo o grupo terrorista, é uma resposta aos bombardeios israelenses contra ‘civis’ no Líbano.
Israel eliminou alvos militares nas aldeias de Kafr Kila e Deir Seryan. O Hezbollah afirma que houve vítimas civis. Todavia, o chefe do braço armado do grupo terrorista, xeique Sayyed Hassan Nasrallah, declarou em julho que iniciaria uma ofensiva contra as colônias se Israel continuasse a bombardear ‘civis’. A declaração foi televisionada e ocorreu antes dos bombardeios…
Esse ataque do Hezbollah após a eliminação de seu principal comandante em Beirute, Fuad Shukr, é coincidência? Também o líder político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, foi eliminado por Israel.
Beit Hillel e Movimento Moshav
A vila de Beit Hillel foi fundada em 1940, antes da existência do Estado de Israel. Seus fundadores eram ‘membros’ do movimento moshav. Um moshav é um assentamento judaico, que funciona como uma cooperativa agrícola de produtores judeus.
Esse modelo foi estabelecido na região no período da segunda grande migração judaica, no começo do século XX. A primeira ocorreu por incentivo da Federação Sionista britânica, na penúltima década do século XIX.
Após a Grande Migração, o governo britânico se comprometeu a ajudar no estabelecimento de um Estado Judaico. Esse compromisso foi expresso na Declaração Balfour.
Tais migrações levaram ao surgimento de diversos assentamentos judaicos na região. A localização dessas colônias foi considerada no Plano de Partilha da Palestina da ONU.
O Estado de Israel originalmente seria formado na região de ampla predominância judaica; isso foi alterado pelo ataque da Liga Árabe, logo após a declaração de Independência de Israel¹.
População em Alerta
Desde a eliminação de Haniyeh, o Hamas exige “um Dia de Fúria” contra Israel. O grupo terrorista quer vingança e aguarda um posicionamento do Irã.
Apesar das ameaças da organização responsável pelo ataque de 07 de outubro de 2023, o governo de Israel mantém os serviços e a vida pública normalmente. Os cidadãos são orientados a seguirem com suas vidas, “sem baixarem a guarda”. Israel também enfrenta ameaças militares da Turquia.
Não há posicionamento declarado do Irã, mas isso pode mudar a qualquer momento.
¹ LACERDA, Roberto; A Guerra contra Israel: Das Invasões e Perseguições às Origens Revolucionárias do Terrorismo Islâmico, Instituto Visconde de Cairu, 1ª Edição, São Caetano do Sul, SP, 2024.
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