O ex-presidente dos EUA e sua esposa e ex-secretária de Estado terão que testemunhar nas investigações sobre Jeffrey Epstein
Nesta terça (05) o Comitê de Supervisão da Câmara intimou o casal Bill e Hillary Clinton para testemunharem na investigação sobre Jeffrey Epstein. Sendo assim, o ex-presidente e a ex-secretária de Estado prestarão depoimento acerca do traficante sexual, encontrado morto em 2019.
Hillary prestará depoimento em 09 de outubro, enquanto marcaram o de Bill para 14 de outubro. Porém, o comitê emitiu intimações para os ex-diretores do FBI James Comey e Robert Mueller, e os ex-procuradores-gerais Loretta Lynch, Eric Holder, William Barr, Jeff Sessions e Alberto Gonzales.
O Departamento de Justiça tem até 19 de agosto para entregar os arquivos do caso ao Comitê. Todavia, revisões recentes não encontraram indícios de quaisquer listas de clientes, ou tentativas de Epstein em chantagear figurões.
Proximidades dos Clinton
Na intimação enviada ao ex-presidente americano, o presidente do Comitê, o republicano James Comer alega proximidade entre Bill e Epstein. Pois este viajou quatro vezes no jato particular de Epstein e pressionou a Vanity Fair a não publicar as denúncias de tráfico sexual contra o ‘conhecido’.
Contudo, Bill também teria proximidade a ex-parceira de Epstein nos crimes de tráfico sexual, a socialite britânica Ghislaine Maxwell. Presa e cumprindo uma condenação de 20 anos. Ademais, nas palavras de Comer: “Dados seus relacionamentos anteriores com o Sr. Epstein e a Sra. Maxwell. O Comitê acredita que tens informações sobre as atividades deles que são relevantes para a investigação.
No entanto, em relação a Hillary, a intimação de Comer menciona que a ex-secretária de Estado “pode ter conhecimento dos esforços do governo federal para combater operações internacionais de tráfico sexual. Como as comandadas pelo Sr. Epstein”. Mas não deixa as ligações familiares de fora do documento. “Sua família parece ter tido um relacionamento próximo tanto com Jeffrey Epstein quanto com sua cúmplice, Ghislaine Maxwell”, escreveu.
Outras Ações do Congresso Americano
O republicano Thomas Massie e o democrata Ro Khanna tentam levar à votação uma lei que obrigue a divulgação dos arquivos do caso Epstein. Enquanto interlocutores do governo federal apontam as insatisfações de diversos aliados e apoiadores de Trump, que ainda não cumpriu a promessa de dar transparência total ao caso.
Entretanto, Donald Trump não só autorizou o Departamento de Justiça a solicitar as transcrições dos juros que indiciaram Epstein e Maxwell. Mas também o procurador-geral adjunto Todd Blanche entrevistou Maxwell na Flórida, e teria concedido imunidade parcial, enquanto a traficante sexual condenada pleiteia imunidade total. A Casa Branca declarou como uma tentativa de descobrir novos detalhes sobre o caso.
O Comitê acompanha as movimentações de perto e tenta negociar com a ex-parceira de Epstein. Porém, não darão a Maxwell imunidade perante o Congresso, mesmo sob as ameaças da mesma em recorrer à 5ª emenda e permanecer calada.
Bill Clinton também era o principal nome no livro de aniversário de Epstein, em 2003, que continha cartas do ex-presidente.
