O atleta, que compete por uma nação islâmica, evitou o confronto com o Israelense de propósito e pode sofrer grande punição

Ontem, segunda-feira (29), o israelense Tohar Butbul venceu sua luta por W. O. Mas o momento foi mais infeliz! O judoca israelense foi boicotado por seu adversário. Se vencer sem lutar já é frustrante, qual o amargor de ser boicotado e por sua nacionalidade?

Butbul lutaria contra o campeão da África deste ano, o argelino Messaoud Dris. No entanto, o muçulmano conseguiu evitar o confronto com uma tática escusa.

Desqualificação Proposital

Como as demais modalidades de luta, o judô tem suas categorias, divididas por peso. Bultbul e Dris estão na categoria até 73 kg.

No domingo (28), Dris ultrapassou o peso limite em 400 g, conforme a pesagem obrigatória. Por causa do excesso de peso, foi desqualificado e não enfrentou Butbul.

Contudo, o argelino ficou acima do peso de propósito, em boicote ao israelense. A motivação foi política: apoio aos grupos terroristas na Palestina.

Libertação?

Na grande imprensa é comum lermos, ouvirmos e assistirmos a jornalistas que tratam como “Causa da Libertação da Palestina”. Todavia, apoiar a solução de dois Estados – Israel e Palestina -, com garantias de convivência pacífica, é o mesmo que apoiar ações de grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah?

A primeira proposta tem seus problemas, como as dificuldades em manter a paz quando um dos lados simplesmente não aceita o direito de existir do outro. Pois, quando Israel foi constituída, por votação na Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), a proposta era de dois Estados, sendo o menor o Estado Nacional Judaico.

Poucos dias após a Declaração de Independência de Israel, a Liga Árabe atacou essa nação. A “Solução dos Dois Estados” foi recusada pelos países islâmicos. Várias guerras se seguiram: Sinai, Seis Dias, Yom Kippur etc.

Dado o histórico, e os recentes ataques terroristas, principalmente de larga escala, o governo de Israel mantém sua postura reativa.

Mas, “Libertar a Palestina” é apoiar o Hamas e o Hezbollah e exigir que Israel pare de se defender? Ou que esses grupos terroristas, que escravizam os povos da região da Palestina, sejam eliminados, e acordos de Paz realizados e respeitados?

Punição a Messaoud

Em 2021, o também argelino e muçulmano Fethi Nourine, se recusou a enfrentar Butbul. As motivações foram as mesmas de Messaoud Dris. Recentemente, Nourine foi suspenso do esporte por 10 anos, pela Federação Internacional de Judô (IJF).

O compatriota Dris pode sofrer a mesma punição, se a jurisprudência for obedecida. A IJF já anunciou que investigará o caso para decidir se será tratado apenas como desqualificação ou como retirada.

A Argélia é uma das nações islâmicas que não reconhecem o direito de existir do Estado de Israel.


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By ROBERTO LACERDA BARRICELLI

Jornalista, com 17 anos de experiência, escritor e editor de livros e revistas, com foco em história e literatura.

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