Começa a Perseguição Judicial à Oposição na Venezuela

Tirano utiliza órgão eleitoral para iniciar os processos por ‘terrorismo’, ‘crimes eleitorais’ e ‘ataques à democracia’ contra a Oposição na Venezuela…

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão máximo das eleições venezuelanas, denunciou os líderes da Oposição, Maria Corina Machado e Edmundo Gonzáles, ao chefe do Ministério Público.

Tarek Saab, procurador-geral da Venezuela, anunciou que processará a líder, já com os direitos políticos cassados pela Ditadura, por ‘crimes eleitorais’ e ‘ataques à democracia’. O CNE também quer que sejam processados por suposto ataque hacker.

Ações Suspeitas do CNE

A oposição recebeu as cópias de apenas 40% das atas dos Centros de Votação. Nelas, Gonzáles recebeu 70% dos votos válidos. Contudo, o CNE se recusou a entregar as demais 60% e anunciou a vitória de Nicolás Maduro.

O opositor de Maduro estava muito à frente quando a entrega das atas e a transmissão dos dados foram interrompidas pelo CNE.

Por causa dessas denúncias de Maria Corina Machado, o CNE e Tarik iniciaram a perseguição judicial oficial à oposição. Todavia, os principais governos da América Latina também colocam o processo eleitoral da Venezuela sob suspeita.

Eleições Questionadas

Os governos da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Equador, Peru, Panamá, Guatemala, República Dominicana e Costa Rica não reconheceram a vitória de Maduro.

Para os governos desses países o processo eleitoral da Venezuela apresenta vícios e o ditador não pode ser considerado eleito até que todas as atas sejam apresentadas e conferidas, garantindo que obteve a maioria dos votos.

Maduro reagiu acusando os governos desses países de atentado contra a democracia e a soberania da Venezuela.

O tirano exige respeito a um processo eleitoral no qual o órgão máximo se recusa a entregar as provas de que o candidato foi reeleito. Não aceitar o anúncio sem quaisquer provas e com indícios em contrário, será tratado com Golpe de Estado.

Como avisado em artigo anterior, começou a estigmatização dos opositores.

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