Disputa territorial com Israel não está na pauta do Irã. Contexto histórico é revelador… Entenda
O território que hoje abriga Israel foi domínio persa nos tempos de Dario, o Grande, em torno de 500 a.C. Esse primeiro império persa é também chamado Aquemênida. Alexandre, o Grande, acabou com isso.
Marcos Ocidentais do Estado de Israel
Alexandre não apenas é o marco político da emergência do que chamamos “Ocidente”. Mas ordenou a escrita da Septuaginta, base da Bíblia cristã. Aceita ou não pelos judeus da Diáspora como texto sagrado, a edição da Septuaginta contribuiu para o reconhecimento dos judeus como Povo do Livro.
Se é para irmos tão longe na discussão sobre causas da guerra, minhas simpatias se encaminham a Roma, uma república nesse tempo. Sede de um império com ambições universais e também tendo exercido domínio sobre o território do atual Estado de Israel.
Foram romanos que inseriram na cruz do martírio de Jesus Cristo a atribuição a Ele como Rei dos Judeus. Foi Roma quem estabeleceu o Cristianismo como religião oficial, passando a tocha da ambição a império universal a quem adota, além do Novo Testamento, a Septuaginta.
Assim sendo, como tudo em história é processo, um império cristão, o britânico, acabaria entregando domínios seus para a constituição do moderno Estado de Israel, em 1948. É sobre esse fato a celeuma tão presente na guerra que estamos assistindo ao vivo hoje.
Disputas Territoriais?
Curiosamente, a Pérsia atual, sob a forma Irã, não alega ambições territoriais sobre essa estreita faixa de terra banhada pela extremidade oriental do Mar Mediterrâneo. Mas tampouco os britânicos e seus sucessores americanos desejam restabelecer o domínio sobre o que já foi Terra Santa, cristã.
A diferença de opinião entre o Irã e os EUA resume-se a que o primeiro país quer os judeus fora dali, enquanto o segundo país quer manter o Estado de Israel onde está. Todavia, também porque assim foi estabelecido pelo Direito Internacional, amplamente reconhecido, no imediato pós-Segunda Guerra Mundial.
Mesmo alguns países islâmicos, como o Marrocos, reconhecem que os americanos têm razão no caso. Eu, particularmente, também reconheço.
Irã e a Destruição de Israel
Como causa imediata, é sabido do investimento do governo dos aiatolás iranianos para dominar um arsenal nuclear, destinado, como todos sabem, a varrer Israel do mapa. Também age a república islâmica do Irã através de grupos sob seu controle, como os houtis do Iêmen e o Hezbollah do Líbano, para agredir Israel continuamente. Sabidamente ainda, teve o Irã participação na preparação para o recente ataque brutal do Hamas contra o povo israelense.
A um pacifista não diretamente envolvido, a guerra, ainda assim, parecerá irracional. Porém diz a razão que, se meu vizinho me aponta uma arma com fins declarados de me matar, eu devo reagir antes que ele efetivamente acabe comigo.
Por que a guerra?
Bem, tudo é processo. No processo, há localização territorial, fé, política, opiniões, vontades. Eventualmente, esses elementos geram conflitos, que podem terminar em acordo, cessar-fogo sem acordo ou em vitória total de um lado.
Um dia, bem ou mal, termina. Mas, até lá, morte e destruição. Porém, poderia não haver morte e destruição? Poderia, não fosse a natureza de nossa espécie.
Cooperar e viver em harmonia com o outro é muito bom, mas se o outro quer nos eliminar…
Se inscreva no Canal Enciclopédia de História (clique aqui).
A GUERRA CONTRA ISRAEL (E-BOOK)
LACERDA BARRICELLI, Roberto | A Guerra contra Israel | Das Invasões e Perseguições às Origens Revolucionárias do Terrorismo Islâmico | Instituto Visconde de Cairu | São Paulo | SP | 1ª edição | 2024 | 432 fls.:; | CDA 990 | SKU IVCAGCI1ED2023
Roberto Barricelli
1. História 2. Política 3. Judaísmo 4. Islã 5. Israel 6. Geopolítica 7. Terrorismo 8. União Soviética 9. Revolução 10. KGB
___________________________
O povo judeu sofre com invasões, guerras e perseguições desde os primórdios. Mas um novo tipo surgiu nos últimos três séculos: a perseguição revolucionária.
Para chegar nessa parte e destrinchar as estratégias, táticas e ações que se desenvolveram na esteira da Revolução, o autor traz o histórico desde as tribos até o domínio do Império Otomano. Depois, se dedica às ideologias e suas revoluções.
Descubra como a infiltração marxista-leninista na teologia islâmica levou às alianças com Hitler e Stalin, e qual o papel das agências de inteligência, principalmente a KGB, na construção e organização do Terrorismo Islâmico.
Conte com fontes primárias e secundárias, análises de pesquisadores consagrados, documentos, mapas e muito mais. Um trabalho caprichoso, numa linguagem que não dá sono no leitor.
Esta obra é lançada no momento mais propício possível, quando o combate ao crescimento do antissemitismo toma o centro das preocupações geopolíticas.
