Uma longa ‘tradição’ persecutória da Receita Federal nos EUA contra oponentes políticos do governante, definida em: “O que você espera quando processa o presidente?”
Ao ouvir esse comentário, algumas pessoas podem imaginar que partiu de alguém dirigindo-se a um oponente político do presidente Trump. Conquanto alvo d’um processo federal. No entanto, trata-se de citação muito mais antiga. É d’um agente da Receita Federal (IRS) a funcionários de organização conservadora, auditada durante a presidência de Bill Clinton. Isso ilustra que o uso de agências federais para punir os inimigos dos presidentes não começou com o presidente Trump.
Perseguição ao longo das presidências
O governo do presidente Franklin Delano Roosevelt utilizou investigações fiscais contra oponentes políticos. Sendo assim, os alvos incluíam editores de jornais que criticavam fortemente as políticas interna e externa de Roosevelt.
O presidente John F. Kennedy utilizou a Receita Federal e a Comissão Federal de Comunicações (FCC) para afastar seus críticos conservadores do rádio. Assim como o presidente Lyndon Johnson utilizou a Receita Federal e a FCC para silenciar os críticos conservadores. Mas outra ferramenta para silenciar os conservadores era acusar as emissoras de violar a “doutrina da imparcialidade” ao favorecer comentaristas conservadores.
O presidente Richard Nixon usou a Receita Federal para atingir inimigos políticos. Porém, seu governo também ameaçou empresas de televisão e rádio com a revogação das licenças de transmissão. Claro, a menos que fizessem uma cobertura favorável ao governo.
Perseguições Pessoais
Durante o governo Clinton, o IRS não visou só organizações conservadoras e libertárias. Mas também auditou Paula Jones depois que processou o presidente Clinton por assédio sexual. Durante os anos de George W. Bush, o IRS (Receita Federal) visou organizações críticas à Guerra do Iraque.
Mas quando Barack Obama assumiu a presidência, a agência tributária voltou sua atenção para grupos conservadores e libertários. Ademais, focando em organizações associadas ao Tea Party. Contudo, também o Departamento de Segurança Interna emitiu alerta de que aqueles com adesivos pró-liberdade seriam extremistas violentos. Incluindo aqueles que apoiam o Partido Libertário ou minha campanha presidencial.
Durante o governo Biden, muitos americanos receberam sentenças severas pela presença no Capitólio em 6 de janeiro. Entretanto, mesmo sem eles cometerem qualquer ato violento.
Receita e Outras Agências Federais Agindo por Conta Própria
Todavia, Agências federais também visam inimigos políticos do presidente sem a emissão de uma ordem presidencial para tal. Alguns indivíduos ambiciosos e inescrupulosos visam os inimigos do presidente, acreditando ser maneira eficaz de obter seus favores ou de altos funcionários do governo. Outros usam o poder do governo contra os inimigos políticos do presidente ou envolvidos em movimentos políticos que buscam mudar a direção do governo. Mas por acreditarem que tais pessoas ou grupos constituem ameaça ao governo federa, justificando a violação de direitos constitucionais.
Essa história sugere que o abuso de poder trata-se d’uma característica inevitável do moderno Estado assistencialista, belicista e regulador. Portanto, em vez de nos concentrarmos em eleger o presidente “certo”, deveríamos focar em reduzir o tamanho e escopo do governo federal aos limites constitucionais. Pois garantirá que os americanos exerçam seu direito de criticar o governo sem medo de represálias.
Por conseguinte, como disse Thomas Jefferson: “Portanto, em questões de poder, não ouça-se mais falar de confiança no homem. Mas, sim, prendê-lo à maldade com as correntes da constituição”.
Publicado originalmente em Ron Paul Institute for Peace and Prosperity, intitulado “It Didn’t Start with Trump“. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli
