O caso do Capitólio no 06 de janeiro de 2021 encontra similaridades com o 08 de janeiro brasileiro, mas segredos finalmente revelados podem suscitar questões também em terras brasileiras
Na minha primeira coluna após os eventos de 6 de janeiro de 2021, critiquei aqueles que chamaram o protesto de um “golpe”. Inclusive, apontando que “alguns dos mesmos políticos e burocratas que denunciam a farsa ridícula no Capitólio como equivalente ao 11 de setembro envolvem-sehá décadas no planejamento e execução de golpes de verdade no exterior. Em seus golpes de verdade, milhares de civis morreram”.
Imprensa e Perseguição
Na época, a mídia exaltou a violência cometida por um número relativamente pequeno de pessoas no protesto para provocar protestos nacionais e demandas por “justiça”. Sendo assim, autoirdades acusaram mais de 1.500 americanos pelo incidente, prendendo quase 500. Todavia, incluindo sentenças de prisão abusivas por crimes relativamente menores, como entrar no Capitólio por portas abertas pela polícia e filmar o evento.
Enquanto a maioria dos democratas e republicanos no Congresso denunciou duramente os “insurrecionistas” de 6 de janeiro. No entanto, lguns parlamentares demonstraram o ceticismo apropriado em relação às narrativas governamentais aceitas. Por exemplo, o deputado Thomas Massie, incansável na busca por respostas para uma pergunta simples, mas de extrema importância: Quantos dos “insurrecionistas” eram, na verdade, agentes disfarçados do FBI e outros policiais?Ademais, desempenharam papel na incitação à violência?
Massie interrogou o então procurador-geral Merrick Garland diversas vezes. Contudo, Garland não se mexeu, mas recusou-se a dizer se havia algum agente federal disfarçado na multidão. Embora, é claro, devesse saber.
Verdade do Capitólio começa a Surgir
Na semana passada, descobrimos um pouco mais da verdade. Com a divulgação do relatório “pós-ação” do FBI, há muito perdido, sabemos agora que mais de 250 agentes secretos estavam na multidão. Por onseguinte, segundo o relatório, receberam funções, incluindo controle de multidões, mas às quais não eram adequados. Aliás, alguns agentes citados no relatório reclamaram de preconceitos políticos no FBI contra conservadores. Logo, quais outras tarefas atribuíram a uma equipe secreta “politizada” do FBI?
Além dos agentes disfarçados, havia mais de duas dúzias de informantes pagos na multidão de 6 de janeiro. O deputado Barry Loudermilk (Republicano-Ga.), que preside a subcomissão que investiga o caso, faz uma pergunta importante. “Com tantos informantes pagos na multidão, queremos saber quantos estavam na multidão e quantos estavam no prédio. Mas também quero saber se eles foram pagos para informar ou instigar?”.
Liberdade de Expressão Ameaçada
Pagos para informar ou instigar? Essa é uma boa pergunta. Sabemos que o novo governo Biden usou o evento para demonizar e perseguir a oposição política. Além disso, não há como estimar quantos americanos gostariam de usar a garantia de liberdade de expressão da Primeira Emenda para criticar o governo Biden. Entretanto, acabaram silenciados pelo medo de perseguição ou pior. Pois é fácil concluir, vendo tantos presos e condenados a longas penas por “crimes” não violentos, que é melhor ficar quieto.
Na época, os EUA permaneciam sob o domínio da tirania da Covid, na qual falar contra “a ciência” resultaria em “cancelamento” ou pior. Outra maneira de silenciar as pessoas que não “aderiam ao programa”.
No fim das contas, 6 de janeiro de 2021 foi uma espécie de golpe. Foi um golpe contra a Primeira Emenda. A lição para todos nós é que, se não exercermos regular e pacificamente nossas garantias da Primeira Emenda, certamente nós as perderemos. Independentemente de quem esteja no poder.
Publicado originalmente em Ron Paul Institute for Peace and Prosperity, intitulado “The Real Jan. 6th Coup“. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli.