Médico Cristão perde Licença por criticar Aborto e Cirurgia Trans

Puniram clínico geral australiano por criticar aborto e dizer que cirurgia trans equivale a “desfiguração esterilizante de corpos jovens e saudáveis”

O Tribunal Civil e Administrativo de Victoria (VCAT), declarou o Dr. Jereth Kok, clínico geral de Melbourne, culpado de má conduta profissional. Porém, o julgaram por uma série de publicações em redes sociais ao longo de quase uma década, criticando aborto e cirurgia trans. Sendo assim, sua licença médica, suspensa em 2019, permanece revogada após o tribunal decidir que comentários online violaram os padrões profissionais. 

Críticas ao Médicos que Realizam Aborto

caso contra o Dr. Kok originou-se em 54 publicações em redes sociais nas quais referiu-se a provedores de aborto como “açougueiros” e “assassinos contratados em série”. Ainda, descreveu aborto como “massacre de bebês” e rotulou o Royal Women’s Hospital como “a principal unidade de Melbourne com financiamento público para matar bebês”. Sendo assim, o VCAT concluiu que tal linguagem depreciava os profissionais médicos envolvidos em abortos e violava obrigações éticas. 

Dr. Kok ompartilhou muitas de suas postagens em plataformas cristãs e reconheceu que algumas de suas palavras foram “descorteses”. Mas defendeu seu direito de expressar convicções religiosas e morais. “Acredito que abortar um bebê é destruir injustamente a vida d’um ser humano vulnerável e pode-se descrever com precisão como um ato de matar”, disse. Embora prometendo evitar linguagem semelhante no futuro, afirmou que sua fé compelia-o a manifestar-se. 

Publicações sobre Cirurgia Trans

Todavia, o tribunal também analisou os comentários do Dr. Kok sobre gênero e sexualidade. Incluindo sua descrição da homossexualidade como distúrbio e da cirurgia trans como “carnificina médica” e “desfiguração esterilizante de corpos jovens e saudáveis”.

Embora o VCAT reconheã algumas postagens como de cunho político ou religioso, não diretamente relacionadas à prática médica, enfatizou que médicos devem considerar como declarações públicas refletem na profissão. “A fronteira entre o perfil pessoal e o público d’um médico pode ser tênue”, observou o tribunal. “Como médico, precisa considerar o impacto de seus comentários públicos.”

Censura

Entretanto, caso gerou debate, com os apoiadores do Dr. Kok argumentando que a decisão suprime a liberdade de expressão. O diretor nacional da Family First, Lyle Shelton, condenou a decisão como “injustiça grave e um ataque assustador à liberdade de expressão”. Acrescentando que o Dr. Kok não prejudicou paciente algum e o penalizaram somente por expressar suas opiniões. 

O Dr. Kok, que removeu muitas das postagens em questão. Todavia, reiterou sua posição sobre identidade de gênero, afirmando que acredita ser imoral ajudar alguém a mudar de sexo. A Human Rights Law Alliance, que o representa, considera recorrer. Porém, o caso retornará ao VCAT para novos procedimentos em setembro. 

Publicado originalmente por Zolta Győri no The European Conservative, sob o título “Christian Doctor Loses License for Speaking Against Abortion, Trans Surgery“. Traduzido por Samara O. Barricelli



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