Como chegamos a um ponto em que aqueles da esquerda radical (neocomunistas) são incapazes de tolerar pontos de vista diferentes?
Protestos de neocomunistas em frente às redações contra as opiniões expressas pelos jornais entraram em moda. Frequentemente, uma ferramenta dos islâmicos, como recentemente na Turquia. Mas também anos atrás com a extrema violência contra o Charlie Hebdo em Paris, com apoio de editores e jornalistas alegando defender seus “valores” religiosos contra a suposta corrupção. Todavia, os alvos normalmente são veículos de comunicação liberais.
Neocomunistas Copiaram
Bem, seus companheiros de viagem da Europa Ocidental (frequentemente chamados de “idiotas úteis”) também gostaram dessa prática. Todavia, miram nas vozes conservadoras. Por exemplo, o caso da recente campanha de intimidação contra o MCC Bruxelas .
A ação ocorrey poucos dias, em 10 de julho, com uma pequena multidão de neocomunistas pertencentes a uma organização intitulada Potere al Popolo (‘Poder para o Povo’) e a uma chamada Cambiare Rotta (‘Mudando o Rumo’). Por sua chamada, um grupo de jovens necomunistas apareceu em frente à redação dos veículos de comunicação italianos de direita Il Giornale e Libero Quotidiano, em Milão, Itália. O motivo? Os dois veículos publicam notícias em linha editorial concernente às políticas do governo Meloni. Ou seja, ao invés de defender criminosos, apoiam a aplicação da lei, e sem surpresa, não denunciam o “genocídio” de Israel em Gaza.
As 36 pessoas (contadas pela equipe dos jornais visados) seguravam cartazes com os rostos dos jornalistas dos dois veículos. Portanto, uma violação preocupante dos direitos de personalidade dos profissionais da mídia. Entretanto, na fotos inseriram chapéus de polícia com a inscrição: “A serviço das mentiras”.
Insultos e Ameaças
Os manifestantes furiosos gritavam insultos como “Vocês são veículos de propaganda a serviço do governo”. Porém, acusação comum contra a mídia de direita em toda a Europa, onde houver um governo conservador no poder. Mas também gritavam os habituais slogans pró-palestinos, repletos de tropos antissemitas velados. Por exemplo: “Vocês não são jornalistas, vocês são servos dos sionistas e têm sangue nas mãos” e “Vocês são os maiores fãs de Netanyahu, o criminoso, e são cúmplices do genocídio na Palestina”.
Após cerca de uma hora de cânticos, os ativistas pró-palestinos concluíram sua apresentação com um ato teatral. Conquanto começaram a arrancar página após página de cópias dos jornais Il Giornale e Libero, enquanto gritavam que as publicações destruídas eram “nojentas”. Ademais, que os seus repórteres eram “escravos” de “milionários”.
De acordo com o relato do Il Giornale, uma força policial considerável mobilizou-se durante o protesto para evitar que se intensificasse. Assim sendo, terminou sem nenhum confronto físico, embora houve uma “troca acalorada” com um dos repórteres do Il Giornale.
Neocomunistas Pretendiam Intimidar
Embora todo o exercício possa ter sido um tanto patético, dado o pequeno número de manifestantes, o que aconteceu é perturbador e certamente intentava intimidar. Logo, pergunta-se como chegamos a um ponto em que aqueles da esquerda radical (neocomunistas) são incapazes de tolerar pontos de vista diferentes. Ainda, demonstram zero respeito por liberdades fundamentais, como a liberdade de expressão. No entanto, fazem isso, é claro, em nome “do povo” que supostamente representam.
Mas e se a maioria da população concordar com as posições dos dois jornais visados? Será que os neocomunistas “dissolverão o povo e elegerão outro”, como disse Bertolt Brecht?
Matéria publicada originalmente em European Conservative, sob o título “Neo-Communists Stage Intimidating Protest Outside Italian Right-Wing Media Outlets’ Offices“. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli