Ilegalidades tem um limite — e o Ocidente está Alcançando

N’algum momento, pessoas comuns e cumpridoras da lei se cansarão da desordem e ilegalidades desculpadas pelas elites governantes progressistas degeneradas no Ocidente

Os Estados Unidos da América estão em chamas agora por causa de um assassinato chocante num bonde em Charlotte, Carolina do Norte. Pois uma jovem refugiada ucraniana, Iryna Zarutska, sentou-se no bonde, frente a um homem negro, corpulento e encapuzado, Decarlos Brown. Porém, após alguns instantes, Brown tirou uma faca do bolso, levantou-se num salto e cortou o pescoço de Zarutska, indefeso. Brown, um esquizofrênico com 14 condenações criminais or ilegalidades em sua ficha, cambaleou e saiu resmungando: “Peguei a garota branca”.

Zarutska sangrou até a morte no chão do trem, à vista de todos, que nada fizeram para ajudá-la. Finalmente, alguém — um homem negro, note bem — correu para ajudá-la e tentou estancar o sangramento, mas era tarde demais. Declarada morta pela equipe de emergência quando chegaram.

Protegendo Ilegalidades por questões Raciais

O assassinato ocorreu em agosto, mas as imagens de segurança do bonde só apareceram recentemente. Um causado porque a Câmara Municipal de Charlotte, de maioria negra, tentou suprimi-lo. Não é de se admirar: a imagem d’um homem negro, grande e monstruoso, degolando uma mulher branca, pequena e parecida com um pássaro, é tema dos pesadelos urbanos. Por conseguinte, contraria a narrativa preferida da mídia progressista americana e da classe governante urbana. Pois espera que todos finjam que não viram o que realmente viram, para não tirarem conclusões indesejadas sobre raça e criminalidade nos EUA. 

Nem todo jovem negro nos Estados Unidos é um criminoso violento, mas um número desproporcional de criminosos negros violentos são jovens negros. Veja este gráfico, baseado em estatísticas de ilegalidades do Governo dos EUA (Federal Bureau of Investigation):

De fato, mulheres negras de 15 a 64 anos têm uma taxa de homicídios por 100.000 habitantes maior do que homens brancos. Há algo inegavelmente violento na cultura dos negros americanos.

Não deveríamos perceber isso. De acordo com a Narrativa Oficial, os negros são singularmente demonizados pela sociedade americana dominada pelos brancos. Inclusive, quando George Floyd, um ladrãozinho e viciado em fentanil, morreu estrangulado pela polícia em 2020, a mídia e todas as outras instituições interpretaram como um símbolo condensado da experiência negra americana nas mãos da polícia. A sociedade americana enlouqueceu e cidades queimaram. Mas também instituições — acadêmicas, corporativas e outras — adotaram programas abertamente racistas para privilegiar negros e prejudicar brancos. Chamaram isso de “justiça racial”. 

Progressismo Performático e Proteção das Ilegalidades

Mesmo na Europa, a esquerda aderiu ao progressismo performático. Sendo assim, em Budapeste, o prefeito de esquerda de um distrito encomendou estátua em homenagem ao assassinato de Floyd. Mas quando um jornalista lhe perguntou qual era o objetivo, pois Budapeste tem poucos ou nenhum negro, respondeu que todos têm a responsabilidade de combater o racismo.

Sem surpresa, as ilegalidades e a criminalidade dispararam nos EUA, já que desencorajaram a polícia a lidar com negros. Vale ressaltar aos leitores europeus (e brasileiros) que a maioria das vítimas de criminosos negros são outros negros. Mas ativistas da comunidade negra e seus aliados progressistas preferem concentrar-se nos poucos casos de policiais que mataram homens negros a tiros. 

Pesquisas mostram que os americanos têm visão extremamente exagerada do número de negros mortos pela polícia. Por exemplo, pesquisa da YouGov de 2020 revelou que o americano médio acreditava que entre 1.000 e 5.000 homens negros desarmados eram mortos por policiais anualmente. O número real está entre 25 e 40.

Em 2023, um homem negro enlouquecido no metrô de Nova York começou a ameaçar matar passageiros. Um ex-soldado, Daniel Penny, subjugou o criminoso, que morreu durante a briga. Acusaram Penny, que é branco, em Manhattan, pela morte do bandido, Jordan Neely, que acabou absolvido. Entretanto, o calvário de Penny mostrou o que pode acontecer comum branco que tenta proteger o público d’um criminoso negro.

Momentos de Horror

O horror da imagem do último momento de Iryna Zarutska é, em si, um símbolo condensado não só da criminalidade negra nos EUA. Mas também do fracasso do governo progressista. Charlotte é uma cidade grande, governada por democratas negros. A magistrada que libertou Brown após sua mais recente aparição no tribunal trata-se de ativista sem licença para exercer a advocacia no estado da Carolina do Norte. Porém, nomeada por outra juíza negra que, segundo registros, afirmou que entre seus principais objetivos profissionais está promover a causa das “reparações. Isto é, pagamento, pelo governo dos EUA, de dinheiro aos negros americanos como penitência pela escravidão, que terminou em 1865.

A mídia americana tentou varrer o caso e as ilegalidades de Brown para debaixo do tapete. Mas, graças ao X de Elon Musk, milhões de americanos viram o que aconteceu e expressaram indignação. Quando o New York Times, o jornal de referência dos EUA, finalmente prontificou-se a noticiar a história, fê-lo sob a perspectiva de que os apoiadores de Trump exploravam o caso para ganho político.

Ainda é cedo, mas tenho a sensação de que o assassinato e as imagens das câmeras de segurança do evento serão um ponto de virada para a sociedade americana. Pois a maioria dos americanos fartou-se da narrativa racial progressista, enfiada goela abaixo durante a década do Grande Despertar. Logo, não acreditam mais nisso e estão cansados ​​de fingir o contrário. 

Discurso de Trump

O presidente Trump discursou no Salão Oval falando sobre o assassinato e culpando a fracassada governança democrata. Podemos esperar ainda mais envolvimento do governo federal na tentativa de restaurar a ordem nas cidades americanas assoladas por ilegalidades; pela criminalidade.

Será muito, muito mais difícil resolver a questão do colapso total e apocalíptico da população negra. Setenta por cento das crianças negras nascidas nos EUA são filhos de mães solteiras. A falta de socialização dos homens negros pelos pais tem muito a ver com essa crise crônica. Ademais, brancos e outras minorias não negras cansaram ​​de ouvir que precisam suportar o medo de crimes violentos ou ser acusados ​​de racismo.

Como escrevi no início deste verão, surgem fortes evidências de que jovens brancos estão sendo radicalizados em direção à direita com consciência racial. São homens que foram criados em uma cultura popular na qual todas as instituições lhes diziam que eram o que havia de errado no mundo. Agitadores racistas e antissemitas exploram sua compreensível raiva. Vinte anos atrás, em meu jornalismo, comecei a alertar a esquerda de que sua determinação em tornar os EUA mais conscientes da identidade racial, mas negar o mesmo aos brancos, invocaria demônios da população branca que não seriam facilmente controlados. Isso acontece agora.

‘Radicalização’ na Europa

O mesmo acontece na Europa, é claro, em relação aos migrantes e à criminalidade migratória. Pois parece que todo mundo tem uma história. Na Itália, no último fim de semana, conheci três jovens italianos que tornaram-se ‘radicais de direita’. Um deles contou-me que certa vez colegas marroquinos o espancaram na escola, simplesmente porque queriam demonstrar dominância social. Quando reclamou com as autoridades escolares, disseram que deveria simplesmente aceitar, pois agir diferente seria racista.

Os outros dois jovens disseram que coisas semelhantes aconteceram com eles e seus amigos. À medida que a conversa prosseguia, descobri que nutrem intenso desprezo pelas instituições europeias, por causa de ilegalidades como essa. 

Guerra Civil à Caminho

David Betz é especialista em guerra civil e professor do departamento de estudos de guerra do King’s College London. Sendo assim, alerta anualmente que os fatores que as ciências sociais reconhecem como necessários ao início d’uma guerra civil estão presentes nos países da Europa Ocidental — principalmente na Grã-Bretanha e na França. Ademais, participou d’um painel de discussão em Budapeste na quinta-feira à noite, no MCC, para discutir suas descobertas. 

Na plateia, estará uma amiga minha, francesa de Paris, migrante em Budapeste, para escapar do assédio sexual diário nas mãos de migrantes homens e até de muçulmanas. Ela disse-me que, embora ame sua cidade natal, não vale a pena viver lá com medo de ser abusada sexualmente. No entanto, principalmente sabendo que o Estado francês não pode ou não quer proteger franceses como ela. 

Um acerto de contas violento aproxima-se, tanto na Europa quanto na América, por causa dessas ilegalidades protegidas. N’algum momento, pessoas comuns e cumpridoras da lei cansar-se-ão da ilegalidade e desordem protegidas e desculpadas por suas elites governantes progressistas degeneradas. É melhor esperarmos que as crises sejam resolvidas pacífica e ordeiramente, elegendo políticos corajosos e decididos. Se não, o que acontecerá? Pois o intelectual francês Renaud Camus articulou sem rodeios as alternativas: submissão — ou guerra.

Samuel Paty. Padre Jacques Hamel. Iryna Zarutska. Quantas mais vítimas como essa suportaremos sem agir? Construam mais prisões e joguem nelas aqueles homens incapazes de viver em paz em sociedade, para sempre. Mas também abram manicômios e internam lá os doentes mentais intratáveis ​​pelo resto de suas vidas. Pois não há outra maneira, porque as políticas baseadas no liberalismo sentimental falharam. 

Publicado originalmente em The European Conservative, sob o título “Lawlessness Has a Limit—And the West Is Reaching It“. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli.



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