As raízes das ideologias que impregnam o imaginário ‘acadêmico’ e são repassadas às massas, não podem ser reduzidas ao marxismo
O Renascimento, ao se inspirar no helenismo, queria trazer luzes em contraposição a “Idade das Trevas”. “Helênico” deriva de “helios”, titã do sol (lembre-se que, em geral, colocam-se titãs como em oposição aos deuses olimpianos).
O iluminismo é a sequência disso. Mas o positivismo a sequência do iluminismo, porque este não estava com uma imagem muito bonita após a Revolução Francesa matar tantas pessoas.
Templos do Luciferianismo
Não deveria estranhar que no Rio Grande do Sul tenha um templo de Lucifer exatamente por isso. Pois Lúcifer era o anjo de maior luz e que caiu. Da perspectiva gnóstica, porém, essa “revolta de Lúcifer” faz dele o cara bom, e o Deus “oculto” é o mal. Porto Alegre, inclusive, tem um templo positivista.
Esse mapa geral da gnose com as rebeliões divinas está ilustrado por Santo Irineu de Lyon. A dialética hegeliana, base de muita ciência contemporânea, tem raiz nesse conflito de opostos. A psicologia petersoniana, idem, basta ler a obra Mapas do Significado.
Da perspectiva de um estado laico e da liberdade religiosa, não há problema em uma religião luciferiana porque ela não traz, necessariamente, sacrifícios humanos. Pode-se ler o Falsa Aurora para entender melhor como seria um culto a Lúcifer. E alguns, por causa de confusão com Apolo, fazem algo que lembra a Academia (de Platão).
Agora, considerando o papel do estado, o mesmo não pode deixar o templo, seja católico, umbandista ou luciferiano, funcionar sem alvará. Porém, providencie-no e a questão está resolvida.
A verdade sobre as Universidades
Por mais que se imagine que muitas universidades brasileiras sejam tomadas de marxismo, a afirmação possui alguns erros, dependendo de como é tomada. É verdade que há muitos marxianos e marxistas, ou seja, estudiosos que seguem algo da linha marxista e alguns que vão para a militância aberta (como consequência da filosofia que seguem).
O problema é que existem outras influências anticatólicas muito desconhecidas do grande público: o liberalismo é comum em faculdades de economia e nas áreas de tecnologia. Assim como algumas engenharias (não entender que se trata, necessariamente, de capitalismo).
No entanto, em áreas sociológicas, há um domínio significativo de linhas niilistas e folcloristas-nacionalistas, que se aproximam do nazismo ao mesmo tempo em que se aproximam de uma mentalidade pagã.
Reducionismo
A redução de tudo que não presta ao marxismo faz as pessoas interpretarem erroneamente certos autores, não percebendo as reais influências deles, e ignorarem certos males que são propagados.
De igual modo, alguns entendem que basta ser “antimarxista” para estar na direita. Portanto, ignoram que Marx tem raízes que o antecedem.
Em resumo, muitas das notícias que aparecem na mídia e chocam a população merecem uma profunda reflexão. Pois elas são frutos de movimentos que já acontecem há muito mais tempo e, ainda que uma ação intensa de momento solucione alguns problemas, é preciso ir a raiz deles para que haja uma expectativa de solução futura.
Sem o trabalho nas causas, focando-se nas consequências manifestas, a tendência é que, por exemplo, o aborto seja ampliado mais e mais no Brasil. E tal ampliação pode acontecer à revelia das proibições legais.
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