A maior reforma da Casa Branca desde a reconstrução da Era Truman, de 1948 a 1950, quando destruíram e reconstruíram toda a estrutura principal para garantir estabilidade
Trabalhadores da construção terminaram de demolir toda a Ala Leste da Casa Branca. Mas para dar lugar a um novo e gigante salão de baile de US$ 300 milhões.
Demolição ‘Surpresa’
O atual presidente e ex-magnata do setor imobiliário revelou seus planos em julho. Trump disse que o salão de baile de 8.400 metros quadrados “não interferiria no prédio atual” e que ficaria “perto dele, mas sem tocá-lo”. No entanto, depois que as obras começaram esta semana, Trump declarou, em 22 de outubro, que decidiu, após consultar arquitetos, que “demolir de verdade” era preferível a uma demolição parcial.
Muitos presidentes dos EUA realizaram reformas na Casa Branca. Mas o salão de baile de Trump é o maior em mais de um século. Entretanto, a destruição completa de parte d’um dos marcos mais famosos do mundo é demolição muito mais extensa do que a anunciada por Trump. E aconteceu praticamente sem aviso prévio.
À medida que as críticas à demolição aumentavam, a Associação Histórica da Casa Branca — um grupo independente que ajuda a preservar a história da residência presidencial — afirmou auxiliar nos trabalhos de preservação. A associação realizou “projeto abrangente de digitalização e fotografia para criar um registro histórico”, afirmou num e-mail aos membros. Assim como acrescentou que: “preservamos e armazenamos artefatos históricos”.
Obra Privada
Trump insiste que o salão de baile com 1.000 lugares é essencial porque jantares de Estado e grandes eventos atualmente realizam-se em tendas temporariamente montadas no gramado da Casa Branca. Contudo, também disse que o novo salão de baile custaria US$ 300 milhões. Ou seja, um aumento em relação aos US$ 250 milhões orçados pela Casa Branca dias antes e aos US$ 200 milhões orçados em julho.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse a um repórter da AFP num briefing que US$ 300 milhões era agora o valor definitivo. Mas afirmou que “não custará um centavo aos contribuintes”. Trump afirma que o salão de baile será financiado inteiramente por doadores privados e por ele mesmo.
A Casa Branca divulgou uma lista dos doadores. Entre os quais, as gigantes da tecnologia americana Amazon, Apple, Google, Meta e Palantir. Assim como a gigante da defesa Lockheed Martin.
Publicado originalmente em The European Conservative, intitulado “White House Makeover: Trump’s Big Ballroom Blitz“. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli.
