Relatório do Departamento de Estado dos EUA acusa Berlim de censura e de minimizar o antissemitismo entre migrantes
O histórico de direitos humanos na Alemanha piorou no ano passado, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA. Conquanto cita restrições à liberdade de expressão e crescentes incidentes antissemitas, ecoando alertas anteriores do vice-presidente dos EUA, Vance, sobre vulnerabilidades internas da Europa.
Relatório Anual Americano
Apresentaram o relatório anual, em Washington na terça-feira, o presidente Donald Trump, o vice-presidente J. D. Vance e o secretário de Estado Marco Rubio. Ademais, o relatório lista “restrições à liberdade de expressão” e a violência antissemita como “problemas significativos de direitos humanos“. Mas também critica as regulamentações alemãs que exigem que plataformas online removam o ‘discurso de ódio’, descrevendo essas medidas como forma de “censura”.
O relatório também critica as autoridades alemãs por concentrarem os seus esforços antissemitas principalmente em grupos ‘extremistas’ de direita. Portanto, minimizando o papel da atividade antissemita entre comunidades muçulmanas imigrantes. Todavia, os EUA dirigem críticas semelhantes à França e ao Reino Unido.
Alerta de Vance sobre Liberdade de Expressão e Antissemitismo
Essas preocupações refletem as observações realizadas por Vance durante a Conferência de Segurança de Munique, em fevereiro. Pois na ocasião alertou que as maiores ameaças à Europa vinham de dentro, e não de potências externas como Rússia ou China.
Vance destacou o que considerou restrições à liberdade de expressão e falhas na política de asilo, argumentou contra o conceito de “firewalls” políticos. Mas também afirmou que “não havia lugar para firewalls” — e acrescentou que a liberdade de expressão em toda a Europa encontra-se “em retrocesso”.
Por fim, citou casos na Alemanha, onde a polícia realizou buscas domiciliares contra cidadãos suspeitos de postar conteúdo antifeminista durante campanha nacional contra a misoginia.
Publicado originalmente no European Conservative, sob o título “U.S. Slams Germany Over Free Speech Curbs, Rising Anti-Semitism“. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli. Título adaptado.
