Charlie Kirk Acertou sobre a ‘Revolução’ Britânica em Curso

A “maioria silenciosa” parece finalmente encontrar sua bandeira e sua voz; ‘Revolução’ Britânica a caminho?

Em maio, poucos meses antes de sofrer assassinato político numa universidade dos EUA, Charlie Kirk visitou a Grã-Bretanha. Mas para participar dos famosos debates da União em nossas duas principais universidades, Oxford e Cambridge. Ao refletir sobre sua viagem posterior na revista Spectator, o conservador nacionalista americano arriscou previsão ousada e profética. “Não se enganem: a revolução de Trump está chegando ao Reino Unido”. Será a ‘Revolução’ Britânica.

Kirk disse que sua experiência em Oxbridge lhe ensinou que, “assim como nos Estados Unidos, os estudantes das universidades de elite talvez sejam os últimos a perceber” o quanto as coisas mudam e em qual velocidade. Mas deixou claro que “na Grã-Bretanha em geral, prevalece uma atitude muito diferente”. 

Diferenças entre Wokes e Pessoas Normais

Ao contrário das elites estudantis wokes com quem Kirk debateu, os britânicos normais com quem falou mostravam-se visivelmente “irritados. Por causa dos preços da energia e da estagnação econômica causada pela cruzada Net Zero do establishment. Mas também “furiosos” com a imigração em massa imposta à sua sociedade. Ademais, tanto pelo governo conservador anterior como pelo atual governo trabalhista.

“Repetidamente”, concluiu Charlie Kirk, “me disseram estar prontos para destruir o sistema partidário britânico e eleger um primeiro-ministro reformista. A grande virada na Grã-Bretanha está chegando.”

‘Revolução’ Britânica

Charlie estava certo. A grande ‘Revolução’ Britânica acontece agora, e parece não haver nada que as elites alienadas da academia, da mídia ou da política, consigam fazer para impedi-la. 

O Reform UK, partido liderado por Nigel Farage, conquistou a imaginação de milhões de eleitores ao prometer eliminar as metas de Zero Emissão,. Assim como “deter e deportar” milhares de imigrantes ilegais e fazer da Grã-Bretanha um país para orgulhar-se novamente.

Nas eleições gerais de 2024 no Reino Unido, o Reform obteve 14% dos votos e elegeu seus primeiros cinco deputados. Em maio, o Reform venceu as eleições locais inglesas, a primeira vez que um partido derrotou Conservadores e os Trabalhistas.

Por conseguinte, o partido de Farage liderou mais de 100 pesquisas de opinião nacionais consecutivas. Portanto, Reform UK está a caminho de vencer as eleições do próximo ano para a Assembleia Galesa. Que o Partido Trabalhista governa desde sua criação, há 26 anos. Além disso, seu apoio também cresce na Escócia, há muito tempo como suposta zona proibida para patriotas britânicos de direita.

Muito além do “Voto de Protesto”

Por mais que os especialistas do establishment tentem dissuadir, não trata-se d’um “voto de protesto” ou rebelião temporária. Mas do início da ‘Revolução’ Britânica política da qual Kirk falava. Com os eleitores britânicos finalmente assumindo a responsabilidade de derrubar o sistema bipartidário há muito consolidado. Prova de que, mesmo na “chata” política britânica, onde nada muda, tudo pode acontecer agora. Principalmente por causa do populismo nacional espalhando-se pelo Ocidente.

Na verdade, o Reino Unido iniciou a revolta popular contra o establishment político com a votação do Brexit de 2016. Ou seja, meses antes dos americanos elegerem Donald Trump presidente dos EUA pela primeira vez. Porém , também com a vitória do Partido Brexit de Farage nas eleições de 2019 para o Parlamento Europeu. 

Todavia, parecia que o “Unipartido” conservador-trabalhista do establishment britânico ainda controlava Westminster e governava em casa. Mas o poder do Unipartido agora está exposto como farsa vazia. O governo trabalhista em queda livre após pouco mais de um ano no poder. No entanto, o Partido Conservador, que cavou a própria cova nos últimos 14 anos fracassados ​​de governo, de 2010 a 2024, tornou-se um partido morto. Isto é, sem perspectiva de recuperação — e sem noção de quanto seu apoio ainda pode cair.

Verdadeira Oposição

Hoje, o Reform UK é a verdadeira oposição e o firme favorito para vencer as próximas eleições gerais, independente do caso. Por isso, a grande mídia tenta desesperadamente desqualificar o Reform como um “show d’um homem só”, inadequado para governar. Como apontei num recente painel de discussão com o ex-assessor conservador Dominic Cummings, mesmo que se fosse verdade, o Reform ainda teria um líder real a mais do que os outros partidos juntos. 

Contudo, e na realidade, o Reform representa muito mais. Conquanto Farage personifica um movimento de massas por mudanças reais, numa ‘Revolução’ que varre o país. E essa ‘Revolução’ Britânica talvez seja o verdadeiro paralelo com Trump. Como o próprio Nigel gosta de dizer, “algo está acontecendo lá fora”, bem longe das elites conspirando nas salas sem fumaça do parlamento de Westminster e dos escritórios do governo em Whitehall.

A força do Reform UK

A conferência nacional do Reform UK no último fim de semana, demonstrou por dois dias como o partido de Farage deu esperança às pessoas e conquistou a região central da Inglaterra. E até mesmo observadores astutos da mídia tiveram que admitir, os ativistas do Reform lotaram o vasto Centro Nacional de Exposições em Birmingham. Mas também pareciam e soavam muito mais como o Grande Público Britânico do que como a estranha espécie que compõe a classe política.

Ao contrário da história contada pela mídia e pelo Partido Trabalhista, tais pessoas não encontram-se enganadas por um “demagogo”. Nenhum partido político iniciou os protestos em frente aos hotéis que abrigam imigrantes ilegais. Assim como nenhum partido político lançou o movimento Operação Levante as Cores, cobrindo o país com bandeiras britânicas e inglesas, para consternação de nossas elites autodestrutivas.

São pessoas comuns, fartas de ver a Grã-Bretanha e a identidade britânica descartadas pelos pequenos autoritários, que supostamente as representam. Como disseram aqueles que iniciaram o movimento da bandeira em Birmingham, querem “mostrar a Birmingham e ao resto do país o quanto nos orgulhamos de nossa história, liberdades e conquistas”.

A maioria silenciosa finalmente encontra sua voz, apesar das tentativas das autoridades de censurar tudo. O Reform UK tornou-se o exército do seu povo na ‘Revolução’ Britânica.

Histórico da ‘Revolução’ Britânica

Na conferência Reform UK, Preston Manning, fundador do original e inovador Partido Reformista do Canadá, lembrou aos membros o histórico incomparável da Grã-Bretanha. Isto é, como nação que exportou idéias ‘revolucionárias’ como a liberdade de expressão e democracia aos EUA e ao mundo. Mas também pioneira na construção de movimentos de base para a mudança. Depois, passou o bastão do Reform para Farage.

Charlie Kirk não estará aqui para ver nosso povo trazer para casa a ‘Revolução’ Britânica que previu. Mas, como disse, está chegando, não se enganem.

Publicado originalmente no The European Conservative, sob o título “Charlie Kirk Was Right About the British ‘Revolution’”. Traduzido por Roberto Lacerda Barricelli.



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