Era de ‘apoio’ às Nações Estrangeiras tem que acabar

Os Pais Fundadores dos EUA foram muito explícitos sobre como nós deveríamos conduzir os nossos relacionamentos com as nações estrangeiras

Todos conhecemos o ditado “Pelos seus frutos os conhecereis”. Bem, estamos a vários séculos dos Pais Fundadores dos Estados Unidos da América, e nossa nação ignorou seus sábios conselhos. Mas especialmente sobre relacionamentos com nações estrangeiras. Os frutos de ignorá-los são podres até a medula.

George Washington: “Nossa verdadeira política é evitar alianças permanentes com qualquer parcela do mundo estrangeiro…” Thomas Jefferson: “paz, comércio e amizade honesta com todas as nações — sem envolver alianças com nenhuma.” John Quincy Adams: “A América… não vai para o exterior em busca de monstros para destruir. Ela é a benquerente da liberdade e da independência de todos.”

Estamos agora à beira da falência total, com o governo Trump e o @DOGE tentando febrilmente reparar os danos causados. Porém tudo porque os EUA recusaram-se a cuidar da própria vida. A fixação centenária de nos intrometermos nos assuntos de outras nações deixou a porta escancarada para a podridão interna se instalar.

Quando seu foco volta-se para o exterior, o interior se desintegra. Logo, pontes desabam, aviões acidentam-se, cidades destruídas e a moralidade esvai-se no esgoto. Portanto, desperdício e fraude tornam-se o modo de vida. “Servidores públicos” apropriam-se do dinheiro dos pagadores de impostos.

O DOGE expôs o desperdício e a fraude, mas sequer arranharam a superfície. Pois o maior (e mais endividado) governo da história do mundo não pode ser exposto em apenas algumas semanas. (Nota do editor: o autor refere-se ao governo americano em si, não ao governo Trump em particular). Mas tenho certeza de que nem o DOGE consegue imaginar o que ainda os espera.

Stablishmente Americano voltado ao Exterior

Os Estados Unidos têm aproximadamente 1.000 bases militares espalhadas por todo o planeta. Esse é o extremo a que chegamos.

Ademais, espera-se que nosso presidente tenha opinião sobre os acontecimentos de cada uma das naçãões estrangeiras. Por quê? Ele é o Presidente dos Estados Unidos, eleito pelo povo americano, não “O Presidente do Mundo”. No entanto, um número considerável de americanos responderá com raiva: “Ah, sim, ele é o Presidente do Mundo!”. Portanto, o problema não está só nos corredores do governo, pois grande parte da população aderiu à ideia de poder sobre as nações estrangeiras.

Por que sobrecarregaríamos o Presidente Trump com uma tarefa tão impossível? Ele não tem o mesmo número de tiques do relógio que o resto de nós? Os EUA não são um problema grande o suficiente para o Presidente Americano? Não temos o suficiente para colocar em seu prato?

A realidade é que nossos problemas são tão grandes que estão prontos para nos submergir e consumir completamente. Conquanto nossos ancestrais americanos jamais ousariam dizer que George Washington era o “Presidente do Mundo”. Por conseguinte, como nossos ancestrais tinham a mentalidade correta de “ficar em seu próprio caminho”, produziram resultados maginíficos. Pois seus EUA produziram uma prosperidade nunca vista antes.

Prosperidade, Nações Estrangeiras e Estado Bélico Americano

Mas a prosperidade vem com ressalvas, pois pode subir à cabeça. Você pode facilmente começar a pensar que é algo que não é. Afinal, a prosperidade pode levar-te a pensar que você tem a tarefa de reconstruir o mundo à sua própria imagem! E como trilhamos esse caminho no início dos anos 1900, temos 1.000 bases militares para provar isso.

Outro fundador, James Madison, disse: “Nenhuma nação poderia preservar sua liberdade em meio a uma guerra contínua”. Mas também o ignoramos, e agora estamos aqui, falidos e tentando livrar-nos do abismo. Todavia, à medida que recuperamo-nos, os interesses entrincheirados alinham-se contra isso, lutando para preservar o status quo… Portanto, lutando para garantir que a América continue a intrometer-se nos assuntos das nações estrangeiras.

Inclusive, US$ 1 trilhão desviam do povo americano por ano (!) para o estado belicoso. Não há como o complexo militar-industrial entrincheirado querer ver essa bonança chegar ao fim. Mas a ironia de tudo isso é que nós, americanos, realmente somos abençoados. Temos dois oceanos enormes que nos protegem do mal, e você sabe quantas nações estrangeiras gostariam de ter dois oceanos enormes para protegê-las? Seus inimigos muitas vezes estão bem ao lado. Mas nós fomos os sortudos que ganharam na loteria geográfica; e nós a desperdiçamos!

Terrorismo Psicológico

Treinaram-nos para ter medo das próprias sombras; um medo que nos custa US$ 1 trilhão por ano! Nenhuma invasão ocorreu em nossa história, com exceção daquela que nosso próprio governo facilitou ao abrir nossas fronteiras! Portanto, não fomos destruídos de fora, mas de dentro.

A boa notícia é que as pessoas podem mudar, pois não somos robôs condenados a um destino pré-programado. Porém, a má notícia é que mudar dói… muito, pois mudar significa engolir o orgulho. Podemos reviver a visão dos nossos Pais Fundadores. Mas exigirá uma vontade que não existe há mais de 100 anos nos Estados Unidosda Amércia. A tentação de mais guerras e mais complicações continuará constantemente à nossa frente. “Temos que intervir ali! Simplesmente temos que fazer isso!”. Mas se mordermos a isca, morreremos.

O Bom Deus dá a todos (e a cada nação) a chance de mudar de vida. Mas a folga que Ele concede não é infinita. Portanto, os Estados Unidos devem focar em reconstruir e dar um bom exemplo para as nações estrangeiras imitarem, pois desejamos o bem a outras nações. Mas devemos enterra no passado essa ideia de “ficar” ao lado de outras nações e distribuir “ajuda externa”. Devemos enterrá-la como algo que quase nos enterrou.

Publicado originalmento no Ron Paul Institute for Peace and Prosperity, sob o título “The Era of ‘Standing’ With Foreign Nations Must End“. Traduzido e revisado por Roberto Lacerda Barricelli.



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