Bem-vindos a Terceira Guerra Mundial Indireta

Entramos, oficialmente, na primeira fase do conflito global; na antesala da Terceira Guerra Mundial

Com o bombardeio norte-americano às instalações nucleares mais sensíveis do Irã (Fordow, Natanz e Isfahan), os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra. Trata-se de uma declaração de guerra não formalizada pelo Congresso até o momento. Certamente abrirá um grande debate interno nos EUA, mas que, na prática, já configura um ato de guerra.

Espera-se agora uma retaliação dura por parte do Irã e de seus aliados na região. Ou seja, dos Houthis no Iêmen, o Hezbollah no Líbano, além de milícias xiitas no Iraque e na Síria. Fala-se abertamente da possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de 30% do petróleo mundial, e de ataques a bases e navios norte-americanos no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho.

Inevitavelmente, esse ciclo de retaliação e contra-retaliação arrastará os EUA mais fundo para dentro do conflito. Logo, criará um cenário de guerra regional de larga escala.

Como os EUA devem conduzir sua participação militar?

Muito dificilmente veremos uma invasão terrestre nos moldes do Iraque de 2003. É mais provável uma combinação de forças especiais de elite (Delta Force, Navy SEALs, Rangers), operações de inteligência e sabotagem (com apoio de Israel, incluindo a Sayeret Matkal e o Mossad). Também de uma campanha aérea e naval massiva, com bombardeios de precisão e bloqueios marítimos.

Israel, por sua vez, mobilizou parcialmente os reservistas e ampliará seu esforço de guerra. O Irã, em resposta, provavelmente convocará reservistas e preparará seus proxies para uma guerra prolongada e assimétrica.

Potências Globais na Guerra

Do lado das potências globais, a Europa provavelmente oferecerá apoio político e logístico aos EUA e a Israel. Mas tentará ao máximo evitar envolvimento militar direto. Apenas se tropas americanas forem atacadas de forma sistemática, há uma possibilidade real da invocação do Artigo 5º da OTAN. Portanto, arrastaria os europeus para dentro da guerra – com impacto também no teatro de guerra na Ucrânia.

Quanto à Rússia e à China, ambas devem adotar o papel de apoiadores indiretos do Irã. Espera-se fornecimento de armamentos, apoio de inteligência, auxílio econômico e proteção diplomática nos fóruns internacionais, como a ONU. Mas é improvável o envolvimento militar direto de Moscou e Pequim. Neste momento, há o risco de abrir múltiplas frentes de conflito (Ucrânia e Taiwan).

Estamos, definitivamente, na antessala da Terceira Guerra Mundial. O que era um jogo de dissuasão e retórica, virou uma escalada real, com potencial devastador para a estabilidade global.

Que Deus nos ajude.



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