Os líderes da Europa devem parar de mandar os israelenses “recuarem” e apoiá-los
Ao anunciar os audaciosos ataques israelenses de sexta-feira contra alvos militares e nucleares dentro do Irã, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse: “Estamos em um momento decisivo na história de Israel”. Este é também um momento potencialmente decisivo na história política da Europa e na luta pelo nosso futuro. É hora de os líderes europeus finalmente responderem à pergunta: De que lado você está?
Europa e Ocidente Livres?
Muitas incertezas permanecem nesta crise, mas uma coisa deve ficar clara. Qualquer pessoa que acredite numa Europa e num Ocidente livres deve manifestar-se inequivocamente em defesa da Democracia de Israel contra o Irã islâmico. Ou seja, em apoio à civilização contra a barbárie.
Ignorem as condenações de “agressão israelense injustificada”. Israel, a única democracia no Oriente Médio e o único Estado judeu na Terra, luta por sua sobrevivência em sete frentes contra forças que juraram destruí-lo. A República Islâmica do Irã é a patrocinadora principal dos inimigos mortais de Israel, dos terroristas do Hamas e do Hezbollah aos houthis do Iêmen.
O Irã islâmico, não esqueçamos, esteve por trás do pogrom antissemita de 7 de outubro. Um ataque lançado pelo culto genocida do Hamas, com o objetivo de sabotar os esforços de reaproximação entre Israel e o mundo árabe. E é o patrocinador do terror antiocidental no mundo.
Irã é Ameaça Real
É por isso que este conflito envolve mais do que o programa de armas nucleares do Irã. Uma bomba islâmica representaria a ameaça mais ampla que o Irã representa. Como as Forças de Defesa de Israel deixaram claro, elas não tiveram “escolha” a não ser lançar os ataques de sexta-feira para defender o povo israelense. Porém, atacaram após descobrirem que “o regime iraniano tinha um plano concreto para destruir o Estado de Israel”.
O Irã islâmico está abertamente comprometido em exterminar Israel, mas também o Ocidente, liderado pelos EUA. Quando o regime entoa cânticos de “Morte a Israel, Morte à América!”, eles falam sério. Como o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, deixou claro em novembro de 2023: “Quando vocês gritam ‘Morte à América!’, não se trata apenas de um slogan – é uma política.”
Portanto, é totalmente justificável o primeiro-ministro israelense Netanyahu dizer que ao atacar o Irã: “estamos defendendo o mundo livre do terrorismo e da barbárie que o Irã fomenta e exporta para todo o globo”.
Então, como os líderes do “mundo livre” responderão a este momento histórico decisivo? Provarão estar de que lado?
Posição dos EUA
O governo do presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos não estavam envolvidos nos ataques. Mas deixou claro que o Irã não pode ter armas nucleares. O próprio presidente Trump emitiu uma declaração e anunciou que “demos ao Irã uma chance após a outra de fechar um acordo” para limitar seu programa nuclear, e os alertou “com palavras fortes”.
Certos radicais iranianos falaram com coragem, mas não sabiam o que estava prestes a acontecer. Estão todos MORTOS agora, e a situação só piorará! Já houve muita morte e destruição, mas há tempo para pôr fim a esta carnificina, com os próximos ataques já planejados sendo mais brutais. O Irã precisa chegar a um acordo, antes que nada reste.
Palavras de combate bem-vindas da Casa Branca, embora alguns de nós nos perguntemos por que o presidente Trump ainda quer um acordo e preservar parte do programa nuclear do Irã? Ao invés de deixar Israel prosseguir e garantir que “nada reste” dele.
D’outro lado, o senador americano Jack Reed, democrata sênior no comitê de forças armadas do Senado, chamou os ataques israelenses de “uma escalada imprudente que ameaça desencadear a violência regional”. Se alguém é culpado de “incitar a violência regional”, é o Irã islâmico. Mais um motivo para agradecer ao povo americano por eleger o republicano Trump.
E os líderes da Europa?
No europeanconservative.com, acompanhamos o abandono e a traição a Israel pelas elites europeias, desde 7 de outubro. Sua resposta inicial aos ataques de sexta-feira pareceu tipicamente covarde. Muitos líderes europeus demoraram a declarar algo na manhã de sexta-feira. Isso sugere que preferem se cobrir e silenciar sobre tudo.
Sem dúvida, o primeiro-ministro trabalhista do Reino Unido, Keir Starmer, falou por vários outros quando pediu para “todas as partes recuarem e reduzirem as tensões urgentemente… Agora é hora de contenção, calma e retorno à diplomacia”.
Isto é típico do discurso pusilânime que temos ouvido do establishment político europeu desde 7 de outubro; fingindo que “todas as partes” são culpadas e pedindo que Israel mostre “contenção”.
Na realidade, não há equivalência entre Israel e seus inimigos islâmicos. Os agressores são o Irã e seus satélites terroristas que odeiam judeus e juraram realizar massacres similares ao 7 de outubro “repetidamente”. Enquanto isso, a omissão ocidental forçou os israelenses a se defenderem com uma das mãos amarrada nas costas.
Agora, não precisamos de exigências para um “recuo” de Israel. Mas que os líderes europeus se manifestem e mostrem o seu apoio aos israelenses, que lutam em nosso nome.
Covardia Moral da França
Ao men, o ministros das Relações Exteriores da França declarou: “Reafirmamos o direito de Israel de se defender contra qualquer ataque”. Isso é novidade aos israelenses, que enfrentam constantes críticas da França por ousarem se defender dos ataques do Hamas. Mas também há exigências para assinarem um cessar-fogo. Mas isso equivale à rendição.
Mesmo assim, a maior parte da declaração do assessor do Presidente Macron repetiu os apelos para que “todas as partes exerçam contenção e evitem qualquer escalada que possa minar a estabilidade regional”. Esperamos muito mais discursos no mesmo espírito de covardia moral por parte do restante das elites da UE. Enquanto isso, os islamitas e seus aliados da esquerda europeia já levaram a luta às redes sociais. Pois estão condenando a “sede demoníaca de Israel por sangue de crianças“.
A Europa precisa Tomar Partido
Ninguém em sã consciência quer a intensificação de uma guerra, muito menos o povo de Israel — ou do Irã. Mas a guerra existe, e temos que tomar partido e tentar garantir que termine da forma certa.
Como escrevi no europeanconservative.com em maio, por muito tempo Israel está “derrotando nossos inimigos – mas sendo traído por seus ‘amigos'”. Agora é a hora de reverter essa traição ocidental. Qualquer pessoa que acredite na Civilização Ocidental e no futuro de uma Europa livre e democrática, deve mostrar de que lado está, numa batalha que é a linha de frente de uma guerra global pela democracia.
Por um Israel democrático contra um Irã islâmico, pela civilização contra a barbárie. Sem rendição.
Tradução de Roberto Lacerda Barricelli do artigo “Democratic Israel vs Islamist Iran: Time for Europe to Take Sides”.
